Com a quebra da safra de grãos provocada pela estiagem o Rio Grande do Sul precisará neste ano entre 2,5 e 3 milhões de toneladas de milho para complementar o abastecimento das cadeias produtivas de aves, suínos e lácteos. A informação foi divulgada nesta terça, dia 22, pelo superintendente federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no RS, Francisco Signor, pouco depois de se reunir com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin.

– A exemplo dos seus colegas do Nordeste, os criadores gaúchos querem ter a alternativa de importar o produto de outros países, mesmo que transgênico.

Signor lembrou que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) já autorizou a Região Nordeste a importar milho da Argentina. Segundo ele, as cadeias produtivas de aves, suínos e lácteos só vão importar milho com certificação, o que permite a rastreabilidade do produto.

De acordo com o superintendente de agricultura gaúcho, Wedekin também acenou com a possibilidade de transferir milho de outros Estados para o RS.

– Vamos abastecer o Rio Grande. Se não tomarmos providências agora, podemos comprometer o desempenho dos setores de aves, suínos e lácteos do Estado – assinalou Signor.

Além de Wedekin, Signor também esteve reunido com o secretário de Defesa Agropecuária, Gabriel Maciel, para tratar das exportações de frango e carne suína do Rio Grande do Sul para a Rússia e Ucrânia. O superintendente estava acompanhado dos presidentes da Associação Gaúcha de Avicultura, Aristides Vogt, e do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS, Rogério Kerbes.

As informações são do Ministério da Agricultura.