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 | 22/03/2004 18h45min

Paralisação da segurança afeta serviços no Estado

Emissão de carteiras de identidade e efetivo da BM nas ruas caíram drasticamente

A greve das entidades da segurança pública do Rio Grande do Sul já começa a prejudicar os gaúchos no seu primeiro dia em vigor, nesta segunda, dia 22. Um dos principais impactos da paralisação dos servidores de segurança do Estado é verificado na Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), onde cerca de uma centena de audiências judiciais envolvendo presos teve de ser suspensa.

A adesão dos agentes penitenciários ao movimento fez a superintendência da Susepe comunicar por escrito ao Judiciário sobre a impossibilidade de escoltar os presos até essas audiências. De acordo com a Associação dos Agentes Penitenciários, as visitas a presos também estariam sendo afetadas. Em função da paralisação, elas foram reduzidas a um mínimo.

Na Polícia Civil, o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm/Sindicato) afirma que a adesão é de 90% em todo o Rio Grande do Sul. Somente as ocorrências graves estão sendo atendidas. Na maioria das delegacias, cartazes e faixas explicam a situação para os contribuintes.

No interior do Estado o movimento encontra problemas com alguns delegados que não seriam favoráveis à paralisação. Na 17ª Delegacia de Porto Alegre, a mais movimentada da cidade, localizada no Centro da Capital, a situação é diversa, já que o atendimento ao público é normal.

Em frente ao plantão da Área Judiciária, na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre, policiais em greve distribuíram panfletos divulgando as reivindicações, entre as quais reposição de 28% e a matriz salarial.

De acordo com a Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar, a operação padrão anunciada nesta segunda como parte do movimento, manteve no quartel cerca de 300 viaturas e mais de 200 soldados que somente trabalhariam se houvesse condições adequadas de estrutura como carros em boas condições de uso, além de armas e coletes à prova de bala.

A informação de más condições de trabalho é contestada pelo Comandante-geral da Brigada Militar, coronel Nelson Pafiadache da Rocha. O coronel admite que houve questionamentos dos soldados sobre as condições dos coletes em Caxias do Sul, um problema que já estaria sendo solucionado.

O movimento grevista também atingiu o Instituto Geral de Perícias (IGP). Não há um levantamento preciso, mas, pelo programado pelo sindicato, somente seriam distribuídas, nesta segunda, 30% das 1,5 mil carteiras de identidade normalmente expedidas em um dia. A greve também reduziu a emissão de laudos nos departamentos médico-legal e de criminalística. Com informações da Rádio Gaúcha.

 
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