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 | 21/03/2004 15h40min

Servidores da segurança confirmam paralisação a partir de segunda

Funcionários do setor ignoraram os últimos apelos do governo estadual

Os servidores gaúchos do setor da segurança pública ignoraram os últimos apelos do governo estadual e confirmaram a greve prevista para esta segunda, dia 22. Policiais civis e militares reivindicam reajuste salarial de 28%.

Neste domingo, dia 21, um artigo escrito pelo secretário da Justiça e da Segurança, José Otávio Germano, e uma nota oficial de página inteira foram publicados nos jornais de Porto Alegre, relatando a situação difícil do Estado e mais uma vez pedindo diálogo com policiais civis e militares. Na noite deste domingo o chefe da Casa Civil, Alberto Oliveira, ainda afirmava estar confiante no bom senso dos servidores, mas a greve segue prevista para começar à meia-noite. Nesta segunda, às 8h, a categoria realiza uma manifestação de protesto em frente ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre.

Na última sexta, dia 19, o governo se reuniu com a categoria para tentar evitar a paralisação em uma reunião tensa, com socos na mesa desferidos de ambos os lados. Sem perspectivas de obter a médio prazo novas receitas para fechar as contas do mês e aliviar o déficit mensal de aproximadamente R$ 100 milhões, e sem condições de garantir o pagamento em dia do salário dos servidores, o Executivo fez um derradeiro apelo para que os servidores compreendessem a gravidade da situação.

Decepcionadas, as entidades representantes da  Brigada Militar, Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias (IGP) e Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) saíram do encontro reforçando a intenção de greve. A partir desta segunda-feira, servidores ligados à Polícia Civil, à Susepe e ao IGP planejam paralisar as atividades.

Os líderes sindicais prometem preservar os serviços considerados essenciais para a garantia da segurança pública, como os vinculados aos presídios. Impedida de fazer greve, a Brigada Militar promete realizar o que chama de operação padrão, reduzindo o atendimento à população ao mínimo necessário.

A presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), Adélia Porto, reconheceu que parar as delegacias e diminuir o serviço da Brigada Militar "não é bom para ninguém", mas afirmou que há nove anos os servidores da segurança esperam por reajuste.

Nos presídios do Estado a segurança deve ser garantida por um acordo fechado pela Susepe com a Associação dos Monitores, Agentes Auxiliares e Penintenciários. Conforme o vice-presidente da Associação, João Nunes de Freitas, serão mantidos os serviços de alimentação, horário de sol dos detentos e atendimento médico de urgência. Visitas estão suspensas.

As informações são da Rádio Gaúcha e de Zero Hora.

 
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