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 | 02/12/2009 09h35min

Produtores gaúchos de soja esperam boa rentabilidade com safra

Queda nos preços dos grãos anula o efeito de um plantio mais barato no Estado

Atualizada às 20h20min

Embora o custo de produção da lavoura gaúcha seja menor na safra 2009/2010, isso não representa ganho no bolso do produtor de milho e trigo. Para quem planta soja, porém, a expectativa é positiva, com previsão de rentabilidade de 27,81%.

A queda no preço dos insumos, uma demanda menor pelos grãos e a desvalorização do dólar frente ao real são os principais fatores que levam esse cenário à próxima safra. As projeções foram divulgadas nessa terça, dia 1°, pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS).

O presidente da entidade, Rui Polidoro Pinto, prevê que a safra 2009/2010 será normal, mantendo o nível de colheita da atual. Quer dizer, isso se o clima colaborar e as condições de mercado continuarem como agora.

Para a soja, em razão da chuva, há atraso no percentual de lavoura que já devia estar plantada. Mas, com clima favorável, a expectativa é de reverter isso ao longo da safra 2009/2010. Segundo avaliação de Tarcísio Minetto, economista da Fecoagro, a rentabilidade de 27,81% daria um lucro razoável aos produtores. A previsão é de uma expansão de até 5% no cultivo, chegando a um potencial de produção entre 8 milhões e 8,5 milhões de toneladas.

Polidoro Pinto não descarta que até mesmo a crise em Dubai possa respingar no setor, com uma retração maior ainda do mercado. Para Minetto, este é um momento de alerta:

– É preciso ficar de olho, principalmente no câmbio, que é uma incógnita. Também não se sabe como vai se comportar a questão climática, que é uma grande preocupação dos produtores.

A colheita de arroz no Estado já foi prejudicada pela chuva em excesso neste segundo semestre, levando à inundação de muitas lavouras. Com condições climáticas favoráveis e considerando um bom nível de uso de tecnologia pelos produtores gaúchos, a previsão para a safra 2009/2010 é de uma produtividade por hectare de 40 sacas de soja, 40 de trigo e de 80 de milho.

– O problema é que a redução dos custos foi anulada pela queda nos preços – pondera Polidoro Pinto.

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