A pimenta-do-reino é o primeiro produto agrícola na pauta de exportação do Pará. Somente o comércio de minério de ferro e de madeira se equipara ao da iguaria na região. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial, ficando atrás do Vietnã e da Índia. Para discutir o mercado, o cultivo e as linhas de crédito direcionadas ao comércio do produto, os membros da Comunidade Internacional da Pimenta (CIP) realizam a 37ª reunião em Belém (PA), entre 30 de novembro e 4 de dezembro. A promoção é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Secretaria de Estado de Agricultura do Pará (Sagri) e Associação Brasileira dos Exportadores de Pimenta-do-Reino (Abep).

Em média, o Brasil produz 40 mil toneladas de pimenta-do-reino por ano, quase 90% colhidas no Pará, com grande concentração nos municípios de Tomé-Açu, Castanhal e Baião. O restante da produção nacional sai do Espírito Santo e da Bahia e o consumo interno é de cinco a seis mil toneladas por ano.

– Os maiores consumidores da pimenta-do-reino brasileira, 35 mil toneladas exportadas ao ano, são Estados Unidos e União Europeia – destaca a técnica do Departamento de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura, Emídia Pereira.

A CIP, criada em 1972, é formada pelo Vietnã, Índia, Brasil, Malásia, Indonésia e Sri Lanka, maiores produtores de pimenta-do-reino do mundo. A cada ano, a sessão da CIP é realizada em um país exportador. O Brasil ingressou no grupo em 1981 e sediará a reunião pela quinta vez. O encontro deve reunir 150 participantes de diversas nacionalidades entre representantes do Mapa, autoridades dos países membro e do setor produtivo.