| 01/12/2009 10h39min
As imagens do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), e de seus assessores recebendo propina não serviram para convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva da culpabilidade dos envolvidos.
Momentos antes de deixar Estoril, em Portugal, onde participou da Cúpula Íbero-Americana, ele disse que não cabe ao chefe de Estado se manifestar sobre investigações da Polícia Federal (PF), mas afirmou que as imagens, na sua opinião, não provam nada.
— A imagem não fala por si. O que fala por si é todo o processo de apuração e de investigação.
Para o presidente, caberá à PF esclarecer as circunstâncias dos crimes e à Justiça se pronunciar sobre as responsabilidades.
— O presidente da República não pode ficar dando palpites se é bom ou se é ruim. Vamos aguardar a apuração.
Lula também se esquivou ao afirmar que enviou ao Congresso, em 2008, duas mini-reformas políticas, medida que, no seu entender,
poderia evitar escândalos de corrupção.
— Não é o
Poder Executivo que vota no Congresso Nacional. Nós já mandamos uma no ano passado, mandamos outra agora, com sete pontos importantes para serem votados — lembrou ele, destacando o financiamento público de campanha.
— Eu espero que o Congresso Nacional tenha maturidade para compreender que grande parte dos problemas que acontecem com dinheiro é a questão da estruturação partidária no Brasil — afirmou.
— Vamos mudar urgentemente e fazer uma reforma política. Ela é condição fundamental para que a gente tente evitar que problemas como este continuem ocorrendo no Brasil.
A comitiva presidencial deixou Estoril e já ruma para Kiev, capital da Ucrânia, próxima etapa do giro europeu.
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