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 | 18/05/2009 10h08min

Sadia demite 300 em fábrica no Paraná

Crise fez com que empresa desativasse terceiro turno de trabalho na unidade em Toledo

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentos de Toledo (PR) anunciou, no domingo, que a Sadia demitiu no início deste mês mais de 300 funcionários da unidade local.

A Sadia afirmou que, em razão “da necessidade de adequar seu nível de produção ao cenário econômico mundial, decidiu desativar o terceiro turno de aves em sua unidade de Toledo’’. Mas não confirmou o número de demitidos, “uma vez que há um trabalho no sentido de realocar funcionários’’.

A empresa informou ainda que, para minimizar o impacto da medida, transferiu os demais trabalhadores para os outros dois turnos. “A Sadia também ofereceu a essas pessoas oportunidades em outras unidades da companhia que possuem vagas em aberto.’’

O sindicato contestou. Disse que só em um dia da semana passada homologou 40 demissões de trabalhadores despedidos. Segundo a entidade, isso representa 40% da média mensal das rescisões trabalhistas desde o início do agravamento da crise.

A Sadia emprega quase nove mil funcionários na unidade de Toledo, perto de 8% da população local. Enquanto isso, produtores de suínos e aves em Santa Catarina, Goiás e no Paraná, que trabalham integrados à Sadia e à Perdigão, assim como entidades de classe de criadores, acham que a união entre as empresas poderá trazer benefícios e problemas.

Fusão

Os produtores dizem acreditar que a compra da Sadia pela Perdigão (que deve ser anunciada hoje) elevará a competitividade no mercado internacional da nova empresa que surgir e que isso poderá gerar mais ganhos aos produtores integrados.

O emprego na agroindústria, no entanto, deverá ficar mais restrito, já que duas empresas empregam, teoricamente, mais que uma só. Há, no entanto, preocupação com a perda do poder de barganha no momento de negociar preços e custos com a nova gigante do setor de alimentos que vai surgir após o negócio.

No sistema integrado, o criador oferece mão de obra, e a indústria fornece animais, ração e assistência técnica para aves e suínos.

Em Santa Catarina, berço das duas companhias e onde surgiu o modelo de integração no país, tanto a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) como a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) aprovam a criação da nova empresa.

Segundo José Zeferino Pedrozo, presidente da Faesc, isso não vai alterar em nada a relação entre integrados e indústria, mas vai aumentar o poder da empresa no mercado internacional.’

DIÁRIO CATARINENSE
 
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