Agricultores do Oeste estão amargando prejuízos com a perda da lavoura e até de máquinas agrícolas que acabaram pegando fogo durante a colheita com o tempo seco. Com quase dois meses sem chuva significativa, alternativas surgem a todo momento para amenizar os efeitos da estiagem na região.

Para o abastecimento urbano, carretas levam água de um rio para outro em Chapecó. No interior, caminhões-pipas são usados para evitar a morte de animais nos galpões. Em alguns municípios, como Nova Itaberaba, até a água para beber chega às localidades mais distantes em caminhões da prefeitura.

— A única forma de a gente ter um pouco de água é com o caminhão — conta o agricultor Inácio Soares.

A seca começa a provocar queimadas em lavouras. Em Herval Velho, seis propriedades foram atingidas. Em uma delas o fogo começou na máquina que estava colhendo soja e depois se espalhou na plantação. Em duas horas e meia as chamas destruíram mais de 12 hectares, um prejuízo de R$ 150 mil.

— É o sonho da gente sendo destruído em poucas horas, em fumaça — disse o agricultor Volnei Carafa.

O fogo nas máquinas é provocado pelo contato de resíduos dos grãos secos com o metal quente. A orientação é limpar o depósito dos grãos com frequência e ter extintores de incêndio á mão. desde o início do ano a Defesa Civil do Estado registrou mais de 50 municípios em situação de emergência por causa da estiagem. Como o problema se agrava, 45 cidades permanecem com os decretos em vigência. São municípios do Planalto Norte, da Serra e principalmente do Oeste.