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 | 22/01/2009 18h50min

Italianos protestam sobre caso Battisti em frente à Embaixada do Brasil em Roma

Itália espera resposta de Lula sobre concessão do asilo político

A Itália espera a resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à carta de reclamação enviada por seu colega italiano, Giorgio Napolitano, após a concessão do asilo político ao ex-ativista Cesare Battisti, enquanto no país europeu continuam os protestos contra a decisão.

— Napolitano escreveu ao presidente Lula e estamos esperando sua resposta — disse hoje a um canal de notícias local o ministro de Exteriores da Itália, Franco Frattini.

Frattini disse que quer ler nessa resposta de Lula que o presidente brasileiro reconsidera a decisão tomada pelo ministro da Justiça Tarso Genro. As autoridades italianas continuam tentando pressionar o governo brasileiro para que reconsidere sua decisão da semana passada de conceder asilo político a Battisti, ex-ativista de esquerda radical, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos.

Além disso, as representações diplomáticas brasileira na Itália viveram hoje mais um dia de protestos de alguns movimentos políticos contra a decisão tomada pelo ministro da Justiça. Em frente à Embaixada do Brasil em Roma, uma dezena de pessoas, convocadas pelo partido de centro-direita Movimento para a Itália, se reuniram para protestar contra a decisão do governo federal.

Em Milão, a líder de Movimento para a Itália, Daniela Santanche, se reuniu junto com outros italianos em frente ao consulado brasileiro para pedir a extradição de Battisti. Em 1993, Battisti foi julgado à revelia na Itália e condenado à prisão perpétua como autor dos assassinatos de Antonio Santoro, Lino Sabbadin, Andrea Campagna e Pierluigi Torregiani.

Quem é Cesare Battisti
> Ex-militante comunista, em 1974 cumpriu pena por assalto. Mais tarde, ligado ao movimento Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), participou de ações políticas. Battisti foi condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos entre 1978 e 1979. A defesa alega que o italiano não teve possibilidade de ampla defesa. Ele foi julgado à revelia em 1993. Antes, em 1991, a França havia negado extradição pedida pela Itália. Fugiu da França para o Brasil em 2004. Foi preso em 2007, no Rio de Janeiro.

EFE
 
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