O governo de Israel anunciou no início da noite deste sábado um cessar-fogo unilateral no território palestino. A decisão foi aprovada pelo Conselho de Segurança do país e anunciada pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.

O cessar-fogo passa a valer a partir das 22h (horário de Brasília), conforme disse o primeiro-ministro em entrevista coletiva no Ministério da Defesa em Tel Aviv. Ele encerra três semanas de ofensivas do exército israelense contra Gaza. A partir de agora, deve ser mantida uma ocupação por tropas que vão permanecer em terra.

O chefe do Executivo israelense acrescentou que na decisão não foi levado em conta o movimento islamita Hamas, que "como outras organizações terroristas reconhecidas internacionalmente, não deve ser parte do acordo".

Ainda é esperada a reação do Hamas ao anúncio de cessar-fogo. O grupo palestino já havia declarado que manteria os combates enquantou houvesse um único soldado israelense no território palestino.

Olmert assinalou que os objetivos que seu governo fixou na operação em Gaza "foram cumpridos", e assegurou que o "Hamas sofreu um duro golpe, muitos de seus homens morreram, os disparos de foguetes caíram e diversos túneis usados para o contrabando de armas foram destruídos".

Ehud Olmert, ressaltou que o país deu uma demonstração de força no conflito e não descartou, de todo, revidar ataques. 

— O Hamas não acreditava que Israel iria conduzir uma operação tão forte e bem organizada próximo às eleições. Se continuarem a nos atacar, mais uma vez serão surpreendidos pela determinação de Israel. Eu não sugiro que outras organizações terroristas nos testem — afirmou Olmert.

A decisão do gabinete israelense não foi unânime. Teria havido pelo menos dois votos contrários e uma abstenção. O Conselho de Segurança é composto pelos ministros, os altos comandantes do Exército e os chefes de organismos de segurança.

No domingo, deve haver uma reunião de emergência no Egito.

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