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 | 17/01/2009 01h27min

Assembleia Geral da ONU aprova chamada a cessar-fogo em Gaza

Quatro países votaram contra resolução: Israel, Nauru, Estados Unidos e Venezuela

A Assembleia Geral da ONU apoiou a chamada a um cessar-fogo imediato em Gaza, que ponha fim ao conflito, leve à retirada das tropas israelenses e à entrada sem impedimentos de ajuda humanitária em território palestino. A resolução, adotada após dois dias de debates, recebeu o voto positivo de 142 dos 192 membros das Nações Unidas, e o negativo de quatro. Dos participantes, oito se abstiveram.

Os quatro votos contra foram de Israel, Nauru, Estados Unidos e Venezuela, este último por considerar que o conteúdo não era suficientemente enérgico, enquanto outros 38 países não registraram voto algum. O texto da assembleia exige o cumprimento da resolução 1.860, adotada em 8 de janeiro pelo Conselho de Segurança, que pede um cessar-fogo imediato, durável e o respeito total à ordem. O texto expressa também o apoio da assembleia às gestões que, desde quarta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, faz no Oriente Médio para conseguir uma cessação das hostilidades. A resolução presta ainda homenagem ao trabalho das agências das Nações Unidas na região.

A resolução foi fruto de uma longa negociação entre as delegações dos países árabes e da União Europeia (UE), cujos membros defenderam um texto que refletisse os atuais esforços da ONU para conseguir um cessar-fogo e que evitasse fugir dos parâmetros básicos do texto do Conselho de Segurança. As mudanças introduzidas nessa negociação não foram bem recebidas por um grupo de países que desejavam conteúdos mais duros contra Israel. Por isso, decidiram por um segundo texto, apresentado pelo Equador, o que provocou confusão e tensão entre os presentes. O representante palestino perante a ONU, Riad Mansur, se viu obrigado a intervir para implorar que fossem deixadas de lado as divergências e se submetesse à votação o texto negociado com os europeus.

— Não há necessidade de divisões na Assembleia Geral para estabelecer quem é o que mais quer ajudar os palestinos — argumentou.

A votação aconteceu depois de dois dias de debate, nos quais as mais de 70 delegações que tomaram a palavra expressaram em sua maioria o apoio a um imediato fim da violência e à negociação de uma solução duradoura para o conflito. Israel questionou a legalidade da reunião convocada e sua embaixadora na ONU, Grabriela Shalev, perguntou, durante seu discurso, onde estaria a condenação da assembleia aos "atos terroristas do Hamas", à Síria por acolher líderes do movimento radical islâmico e ao Irã por facilitar o acesso a foguetes.

Confira a linha do tempo do conflito
na Faixa de Gaza e vídeos com análises:

 

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