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 | 01/12/2008 18h12min

Em entrevista à TV, Bush lamenta crise econômica

Presidente admitiu sentir-se responsável pela crise, que explodiu em seu mandato

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, lamentou a crise econômica e a perda de empregos e de valor de fundos de previdência que ela acarreta, em entrevista concedida à emissora de TV ABC News que será exibida nesta segunda-feira. Em trechos da entrevista já divulgados, Bush afirma que fará tudo o necessário e que está disposto a tomar mais medidas por parte do governo para enfrentar a crise.

— Certamente, lamento que esteja ocorrendo. Evidentemente, não me agrada a idéia de que as pessoas percam seus empregos ou se preocupem por seus fundos de previdência. Os cidadãos devem saber que vamos proteger o sistema. Estamos nisso. E se temos que nos colocar ainda mais, o faremos — declarou o presidente em fim de mandato, que deixará seu cargo em 20 de janeiro.

Bush admitiu que se sente responsável pela crise, já que ela explodiu durante seu mandato, mas também especificou que "quando se escrever a história deste período, as pessoas se darão conta de que muitas das decisões tomadas em Wall Street se adotaram ao longo de uma década".

O presidente em fim de mandato gravou estas declarações na quarta-feira passada, antes de o Escritório Nacional de Pesquisa Econômica (NBER) revelar, nesta segunda, que a economia dos EUA se encontra em oficialmente em recessão. Segundo o NBER, um grupo privado de economistas que se encarrega de estabelecer data de início e final dos processos de recessão, a atual começou em dezembro de 2007.

O presidente expressou seu convencimento de que "a economia se recuperará" e de que, quando o fizer, parte dos investimentos que fez o governo no sistema bancário para reativar a economia "possivelmente se revalorizará e é, inclusive, possível que acabemos ganhando dinheiro".

Na semana passada, o governo prometeu US$ 800 bilhões para injetar liquidez no sistema e reativar a concessão de créditos ao consumidor. No total, calcula-se que o governo dos EUA tenha prometido em torno de US$ 7 trilhões para enfrentar a crise, incluindo créditos, avais bancários e compra de ações bancárias, embora os analistas descartem que o desembolso real chegue a alcançar esse número.

Entenda a crise:

EFE
 
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