O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, promulgou hoje uma extensão por até 13 semanas do seguro-desemprego, em um momento em que o número de pessoas que solicita esse benefício chegou a seu nível mais alto em 16 anos.

Pouco antes de abordar o vôo que o levará a Lima, Peru, onde vai participar da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), o chefe da Casa Branca assinou a lei aprovada na quinta-feira pelo Senado. Meses atrás, Bush tinha expressado dúvidas acerca de mais ampliações do seguro-desemprego - que regularmente é pago por até 26 semanas -, mas disse que o aprovaria depois que o Departamento de Trabalho informou que há mais de 10 milhões de pessoas que buscam emprego e não o encontram.

Os democratas, que têm maioria em ambas as câmaras do Congresso, tinham indicado que aprovariam um novo estímulo econômico no qual estariam incluídos cerca de US$ 5,8 bilhões para a extensão do seguro-desemprego. A Câmara de Representantes já tinha aprovado essa moção em outubro, mas este mês ficou claro que os democratas não teriam os votos suficientes para que seu projeto sobrevivesse a um veto presidencial.

Por isso o Senado aprovou ontem, à parte, a iniciativa sobre o seguro-desemprego. A medida ajudará, em particular, aquelas pessoas que esgotaram seu subsídio, já que poderão recebê-lo por mais sete semanas. Quem vive em estados com taxas de desemprego superior à taxa nacional de 6,5% poderia receber até 13 semanas de assistência adicional ao período normal.

Calcula-se que o número médio de benefícios em nível nacional é de cerca de US$ 300 por semana em conceito de subsídios. Até agora este ano, a economia americana perdeu mais de 1,2 milhão de empregos.

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