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 | 20/11/2008 19h30min

Mantega descarta que Brasil possa usar recursos do FMI

Linhas de crédito representam apenas uma garantia adicional, diz ministro

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou nesta quinta-feira que o governo pretenda usar as linhas de crédito do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Federal Reserve (Fed), banco central americano, para ajudar a economia do país. Segundo ele, esses recursos representam apenas uma garantia adicional para o Brasil em momentos de crise, mas não existe necessidade de utilizar esse dinheiro.

Mantega ressaltou que esses recursos servem para prevenir ataques de especuladores à economia brasileira.

— Não há intenção de sacar esses recursos. Só se houver necessidade, mas acredito que isso não ocorrerá. (Esse reforço) é mais aquela coisa que diz: "Não venha fazer especulação porque temos bala na agulha" — declarou.

Atualmente, o Brasil possui US$ 30 bilhões de uma linha especial do FMI destinada a socorrer países afetados pela crise internacional. Além disso, o Banco Central (BC) firmou, no final de outubro, acordo com o Federal Reserve para uma linha de swap cambial (troca de rendimentos) de dólares por reais de outros US$ 30 bilhões, que estará disponível até 30 de abril do próximo ano.

Mantega descartou a possibilidade de que recursos internacionais sejam usados para elevar os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no próximo ano. Segundo o ministro, os aportes ao banco estão sendo feitos com recursos do Tesouro Nacional.

Neste ano, segundo o ministro, o BNDES obteve R$ 50 bilhões extras para financiar investimentos. Os recursos vieram de títulos do Tesouro repassados à instituição financeira, que os vendeu ao mercado e de Certificados de Depósito Interbancários (CDI) emitidos pelo banco. O ministro reafirmou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve emitir resolução para autorizar o Banco Central a repassar recursos dos compulsórios dos bancos ao BNDES, mas revisou os valores. Anteriormente, ele tinha anunciado que o BNDES receberia R$ 7,5 bilhões do dinheiro que os bancos são obrigados a recolher ao BC, mas agora disse que esse valor deve ficar em torno de R$ 6 bilhões.

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AGÊNCIA BRASIL
 
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