Notícias

 | 13/11/2008 08h37min

Países da OCDE entram em recessão, segundo a organização

Organização revisou para baixo perspectivas de crescimento para seus países-membros

Os Estados Unidos irão arrastar vários países desenvolvidos para uma longa recessão, afirmou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), prevendo que a maior economia mundial será a mais atingida durante a desaceleração atual. Segundo o órgão, as economias da OCDE como um todo entraram em recessão e irão encolher 0,3% no próximo ano e se recuperar em 2010, com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5%. A organização projeta que tanto os EUA quanto a zona do euro podem experimentar quatro trimestres consecutivos de contração.

A OCDE reúne 30 países, que produzem mais da metade de toda a riqueza do mundo. O Brasil não faz parte da organização. A economia dos EUA encolherá 2,8% no último trimestre deste ano e 2% nos primeiros três meses de 2009, e voltará a ter crescimento apenas no terceiro trimestre do próximo ano, prevê a OCDE.

A zona do euro terá uma recessão mais amena, com contração de 1% e 0,8% do PIB no último trimestre deste ano e no primeiro de 2009, respectivamente, acredita a OCDE. A economia japonesa irá encolher por apenas seis meses e se recuperar novamente no primeiro trimestre de 2009. Segundo o órgão, os problemas duradouros nos mercados financeiros mundiais e o declínio dos preços de moradias são os principais motivos da desaceleração, e a volta ao crescimento não acontecerá de forma rápida.

— Essa certamente não é uma recessão em formato V—disse Jorgen Elmeskov, economista-chefe da OCDE, em entrevista, alertando que a turbulência nos mercados irá pesar sobre a economia até 2010.

Juros

Os países desenvolvidos dependerão de pacotes de estímulo fiscal para minimizar o impacto do sofrimento econômico, uma vez que os juros já estão em níveis baixos, deixando os bancos centrais com pouco espaço de manobra, afirmou a OCDE. Em suas projeções, a OCDE prevê que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) cortará o juro em 0,50 ponto porcentual e o Banco Central Europeu (BCE) em 1,25 ponto porcentual até o começo do próximo ano. O Banco do Japão deixará o juro em 0,3% ao ano.

Segundo a OCDE, a situação é bem diferente nas maiores economias mundiais e no Japão e nos EUA o espaço para mais cortes de juro é limitado. Já a Europa está em situação um pouco melhor, com espaço para manobra tanto na parte do juro quanto na política orçamentária. A organização alertou hoje que os equilíbrios fiscais irão piorar em todos os países desenvolvidos, à medida que os países fazem esforços para evitar a recessão.

Entenda a crise

EFE
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.