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 | 09/11/2008 16h02min

G-20 termina com pedido de reforma no FMI e no Banco Mundial

Emergentes precisam ter mais voz nessas instituições, diz documento

Atualizada em 10/11/2008 às 03h18min

Os ministros reunidos no fórum do G-20, realizado neste final de semana em São Paulo defenderam, no documento de encerramento do encontro, a profunda reforma e o fortalecimento do papel do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial na atual crise financeira, com uma maior representação dos países emergentes nesses organismos multilaterais. 

"O FMI, o Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais têm um papel importante a representar, consistente com seus mandatos, de ajudar a estabilizar e fortalecer o sistema financeiro mundial, avançar na cooperação internacional para o desenvolvimento e auxiliar os países afetados pela crise", diz o documento.

"Os países emergentes e em desenvolvimento deveriam ter mais voz e representação nesses organismos", diz o documento. "Essas reformas também devem levar em conta os interesses dos países mais pobres.”

Proposta brasileira

A proposta do governo brasileiro, também divulgada ao fim do encontro, vai levar à reunião de chefes de Estado do G-20, no próximo dia 15, em Washington (EUA), inclui a criação de um órgão de alerta de risco nas economias, que funcionaria nos moldes de agências privadas, como a Standard & Poor's e a Fitch.

Segundo o documento, o objetivo é transformar o G-20 em um grupo de chefes de Estado e de governo, e não mais de ministros e presidentes de bancos centrais, como acontece atualmente.

Entre as mudanças propostas para o grupo está a realização de pelo menos duas reuniões anuais, antes dos encontros periódicos do FMI e do Banco Mundial, e não apenas uma, em novembro, como ocorre atualmente.

Próximos passos

— Vamos desenvolver ao longo da semana uma agenda de propostas para levar à reunião de Washington, que será realizada no próximo sábado — disse em entrevista coletiva o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Segundo ele, a cúpula de chefes de Estado ou de Governo do G-20, convocada pelo presidente americano, George W. Bush, terá o "poder político" para definir uma "proposta ambiciosa" de mudanças que pode demorar "um, dois ou três meses" para serem sentidas.

Com informações do site G1 e da agência EFE.

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