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 | 23/10/2008 15h05min

GM e Chrysler anunciam demissões no Exterior

Ação foi provocada pelas fortes quedas nas vendas de automóveis, principalmente nos EUA e na Europa

As montadoras norte-americanas General Motors e Chrysler anunciaram novas demissões nesta quinta-feira, com o objetivo de reduzir ainda mais seus custos. As companhias estão se esforçando para superar a crise atual, que tem provocado fortes quedas nas vendas de automóveis, principalmente nos EUA e na Europa, e dificultando o acesso das empresas a crédito. Na Chrysler - que, segundo fontes, poderá ser vendida para a GM -, 1.825 funcionários deverão ser demitidos.

De acordo com representantes da GM no Rio Grande do Sul, o panorama das demissões não se aplica ao quadro do Estado. Porém, nada impede que a situação se inverta nos próximos meses.

A GM informou em uma carta enviada a executivos que será forçada a demitir mais funcionários, mesmo depois que um número de trabalhadores maior do que o esperado aceitou os pacotes de demissão voluntária oferecidos pela empresa. A GM pretendia inicialmente reduzir sua força de trabalho em 15%, ou 5 mil funcionários.

A companhia também vai reduzir os benefícios de seus empregados, incluindo a eliminação do pagamento dos planos de previdência tipo 401K, e fazer mudanças em outros planos de aposentadoria, de acordo com a carta assinada pelo executivo-chefe da montadora, Rick Wagoner, e pelo diretor-operacional, Fritz Henderson. A crise de crédito global teve um impacto dramático sobre a indústria. Com isso, os mercados de veículos novos na América do Norte e na Europa Ocidental se contraíram severamente", diz a carta.

A perspectiva para a economia global permanece muito preocupante — disseram os dois executivos no documento. Na carta, a montadora informou que as demissões acontecerão entre o fim deste ano e o início de 2009. A Chrysler, por sua vez, anunciou que vai eliminar um turno na fábrica de Toledo e antecipar para 31 de dezembro o fechamento da unidade de Newark (previsto anteriormente para o fim de 2009), ambas nos EUA, após os prejuízos da empresa terem crescido para cerca de US$ 1 bilhão no primeiro semestre deste ano.

As medidas vão provocar a demissão de 1.825 trabalhadores, que provavelmente receberão pacotes de aposentadoria antecipada e de compra de ações da empresa. A situação atual da Chrysler tem gerado rumores de que seu controlador, o fundo de private equity norte-americano Cerberus Capital Management, vai vender partes ou toda a montadora.

Especulações dão conta de que o Cerberus está entrando em contato com possíveis compradores, entre eles a própria GM. Ontem à noite, o presidente da Chrysler, Jim Press, negou os rumores sobre uma potencial fusão entre as duas montadoras, dizendo acreditar que existe "muita especulação, mas nenhum fato concreto".  

Entenda a crise

Agência Estado
 
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