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 | 23/10/2008 12h31min

Chinaglia e Garibaldi querem votação de medidas contra a crise financeira o quanto antes

Congresso começa a dar prioridade para votação de medidas de combate à crise financeira

Rodrigo Orengo  |  rodrigo.orengo@gruporbs.com.br

Os presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia, e o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, se uniram para votar o quanto antes as medidas provisórias de combate à crise financeira, mas têm uma tarefa difícil pela frente : dobrar a oposição, que recebeu muito mal o último anúncio do governo, para estatização dos bancos privados.

A oposição ainda não tem uma posição clara em relação à MP, mas pelas primeiras manifestações dos líderes pode-se ver que sua tramitação será complicada. A crítica é de que falta controle e fiscalização nas compras de ações de bancos privados e construtoras por instituições públicas. A oposição aproveita o momento complicado para criticar a postura do Planalto frente à crise.

No entanto, o trabalho de costura de um acordo no Congresso já começou e na próxima semana os presidentes das duas Casas vão reunir os lideres partidários para buscar um consenso. Depois de 45 dias da edição das medidas provisórias, elas precisam do aval do Congresso Nacional.

Crítico do uso exagerado do instituto da MP, Garibaldi Alves Filho afirmou nesta quarta-feira que só não tratará as MPs com prioridade se ficar constatado que elas "não apresentam o caminho mais recomendável" para controlar a crise.

— O que estamos vendo é que o governo tem adotado o receituário passado no mundo inteiro para conter a crise — afirmou, apesar de dizer aos repórteres que não conhecia em detalhes a medida provisória publicada nesta quarta-feira.

Informado por jornalistas que parlamentares oposicionistas já haviam criticado a segunda MP (nº 443/08) para conter os efeitos da crise financeira, publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (22), o presidente do Senado foi questionado se recomendaria cautela aos críticos.

— A oposição precisa se mostrar altiva, ativa e vigilante. Mas precisa ter uma certa cautela. A crise é maior que nossas diferenças partidárias e isso precisa ser entendido. Ou enfrentamos a crise unidos, ou teremos conseqüências — opinou o presidente do Senado.

Para ele, a crise precisa "ser enfrentada por todos que têm responsabilidade. Garibaldi Alves informou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, comparecerão ao Senado no próximo dia 30, para explicar as medidas que o governo vem adotando para conter a crise.

Com informações da Agência Senado.

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