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 | 23/10/2008 06h29min

Bolsas asiáticas fecham em baixa com mau resultado de companhias

Sul-coreana Hyundai Motor teve queda de 37,8% no lucro no terceiro trimestre do ano

As principais bolsas da Ásia refletiram os maus resultados de grandes empresas e fecharam em queda nesta quinta-feira. O índice Nikkei da bolsa de Tóquio teve baixa de 2,46%, e o Topix, que reúne todos os valores da primeira seção, caiu 1,97%. Em Seul, o índice Kospi encerrou o dia em forte baixa de 7,48%. O indicador de valores tecnológicos Kosdaq caiu 7,92%. Outras bolsas que apresentavam desvalorização perto do fim do pregão eram as de Xangai (-1,55%), Manila (-4,63%) e Hong Kong (-4,65%). A bolsa da Indonésia caiu 3,72% e a da Austrália, 4,39%.

Uma das empresas que apresentaram resultado ruim foi a automobilística sul-coreana Hyundai Motor. A companhia anunciou hoje que seu lucro líquido caiu 37,8% no terceiro trimestre do ano, por causa da queda das vendas tanto no mercado local como no exterior. A Hyundai lucrou US$ 194 milhões entre julho e setembro, contra US$ 312 milhões no mesmo período do ano passado. As montadoras Mazda, Isuzu e Honda e a fabricante de games Nintendo apresentaram desvalorização nas suas ações.

Alguns analistas do mercado indicaram que os resultados trimestrais anunciados hoje pela empresa sul-coreana são os "piores já apresentados". As vendas do maior fabricante de automóveis sul-coreano caíram 14,5% no terceiro trimestre do ano, aos US$ 4,442 bilhões, por causa da crise econômica global.

A companhia acrescentou que no terceiro trimestre vendeu 121.771 veículos no mercado sul-coreano, 19,9% a menos que no ano passado, enquanto as vendas no exterior somaram 190.520 unidades, uma queda de 16,3%. Essa baixa nas vendas provocou um desabamento de 70,7% do lucro por operações da companhia, para US$ 76 milhões.

Nova injeção

O Banco do Japão (BOJ) executou hoje uma nova injeção de capital de 600 bilhões de ienes (US$ 6,157 bilhões) no mercado financeiro, para dar cobertura aos créditos a curto prazo do sistema bancário, informou a agência local Kyodo. A última injeção de capital do BOJ foi realizada há cinco dias, e a operação de hoje teve como cenário um ambiente de crescente medo de que a Bolsa de Tóquio caia ainda mais.

A crise financeira fez com que as pessoas que pegam empréstimos sejam cada vez mais cautelosas no momento de estender um crédito, temerosos de que depois não consigam pagá-lo. No total, o Banco do Japão injetou no mercado cerca de 36 trilhões de ienes (US$ 360,611 bilhões) desde que o banco de investimento americano Lehman Brothers faliu, em 15 de setembro.

Entenda a crise

EFE
 
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