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 | 03/10/2008 11h34min

Prioridade política garante recursos para agricultura brasileira, avalia especialista

Para Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, governo está consciente e não deixará faltar crédito agrícola

Não vai faltar dinheiro para o setor agrícola brasileiro, mesmo com a crise financeira internacional que atinge em cheio a oferta de crédito. A avaliação é do professor da Trevisan Escola de Negócios Alcides Leite.

– Temos uma prioridade política para o setor agrícola e essa prioridade vai continuar. Se faltar dinheiro será em outro lugar. Nas áreas de agricultura, indústria e habitação, há consenso no governo de que não se pode restringir financiamento nessa área.

Em entrevista ao Agribusiness Online, nesta sexta, dia 3, Alcides Leite demonstrou otimismo sobre os R$ 5 bilhões anunciados nesta semana pelo governo para o crédito rural para combater a escassez de financiamentos. Segundo ele, o sistema bancário brasileiro é desenvolvido e fará com que os recursos cheguem até o produtor.

– Não vai ser problema. O volume também é suficiente. O governo se preparou para isso. Disponibilizou volume suficiente no orçamento para manter o recorde de produção agrícola.

Sobre as exportações, Alcides Leite considerou a possibilidade de que a alta da cotação do dólar possa compensar a queda nos preços das commodities. O problema é que, com a escassez de crédito, o estímulo à atividade exportadora fica mais difícil.

Crescer menos

Alcides Leite endossou o discurso de que o Brasil não passará imune à crise, mas ressaltou que o cenário não será “catastrófico”. O professor da Trevisan Escola de Negócios destacou que o país tem condições de passar pela turbulência sem risco de recessão, redução de índices de emprego e fechamento de empresas.

– Vamos continuar crescendo, porém em ritmo menor. Antes estávamos correndo e agora vamos caminhar para frente, mas vamos continuar para frente.

Na avaliação dele, o momento atual é de limpar o mercado financeiro, separando ações e instituições boas de ruins. Essa ação deve levar alguns meses, porque deve ser feita de forma conjunta entre as maiores economias do mundo. Depois disso, disse Alcides Leite, o trabalho é de avaliar as conseqüências da crise financeira na economia real.

– Japão, Estados Unidos e Europa vão passar por um período muito difícil. Vão ter crescimento próximo a zero, com certo desemprego. E os países emergentes como Brasil, Índia, Rússia e China vão ter uma redução no seu crescimento econômico, mas não sofrerão uma recessão.

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