O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, evitou nesta sexta, dia 30, utilizar a palavra “recessão” em relação à França ou à zona do euro, que apresenta, disse, um “crescimento menos acelerado”.

Entrevistado pela rádio Europe 1 sobre as últimas previsões de expansão econômica, que indicam um cenário de recessão na França no 2º semestre deste ano, Trichet disse que o Banco Central Europeu não faz previsões país a país, distribui apenas indicadores sobre o conjunto da zona do euro.

– Os peritos do BCE dizem-nos que temos um crescimento menos acelerado, não usarei outra palavra diferente disso; um crescimento menos acelerado com riscos importantes de que o crescimento venha a ser ainda mais fraco – frisou.

O BCE prevê para este ano uma expansão de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no conjunto dos 15 países da zona do euro.

– Vivemos num universo incerto, é preciso que se diga, o crescimento é fraco e corre o risco de ser ainda mais fraco. Isso só nos exige uma coisa: estarmos à altura das nossas responsabilidades – disse.

Jean-Claude Trichet afirmou que o “crescimento sustentado tem de passar pela estabilidade dos preços, daí a luta contra a inflação levada a cabo pelo BCE”.