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 | 01/10/2008 22h33min

Senado americano aprova resgate financeiro de US$ 700 bilhões

Plano, que teve 74 votos a favor e 25 contra, voltará a ser apreciado pelos deputados na sexta

Atualizada às 23h17min

O Senado dos Estados Unidos aprovou na noite desta quarta-feira o pacote do governo para salvar a economia, que prevê gastos de até US$ 700 bilhões e uma série de medidas para facilitar sua aceitação na Câmara de Representantes.

O plano de resgate ao sistema financeiro foi aprovado pelos senadores americanos, entre eles os candidatos à Casa Branca Barack Obama e John McCain, com 74 votos a favor e 25 contra.

A previsão é que o projeto de lei, revisado depois de ter sido barrado na Câmara de Representantes no começo da semana, volte a ser apreciado pelos deputados na tarde de sexta-feira.

Entre os senadores que apoiaram o projeto também estão o companheiro de chapa de Obama, Joe Biden, e Hillary Clinton. O também democrata Ted Kennedy, que tem um câncer no cérebro, não participou da votação.

Durante o debate sobre o pacote, que começou por volta das 16h30min (de Brasília), os legisladores frisaram que a rejeição ao texto em momento como o atual agravaria a situação das empresas e dos consumidores, que já enfrentam dificuldade na obtenção de crédito.

— Estamos em uma situação muito perigosa, na qual as instituições financeiras em todo o país estão com medo de emprestar dinheiro. Isso significa que se não atuarmos será mais difícil para os americanos obterem empréstimos — declarou Obama horas antes da votação.

— Pode ser que vejamos o fechamento de milhares de empresas e a perda de milhões de empregos, o que seria seguido por uma longa e dolorosa recessão. Em outras palavras, esta não é só uma crise de Wall Street, é uma crise americana — advertiu o senador por Illinois.

Mudanças

Para facilitar a aprovação do plano de resgate na câmara baixa, o Senado incluiu nele cortes em impostos e mais garantias aos depósitos dos contribuintes. Com todos os adendos, aceitos pelos senadores contra sua vontade, o número de páginas da "Lei de Estabilização Econômica de Emergência de 2008" passou de 102 para 451.

Mas o eixo central do acordo continua prevendo gastos de até US$ 700 bilhões para a compra de títulos podres em poder dos bancos. Desse total, US$ 250 bilhões serão liberados imediatamente, e outros US$ 100 bilhões só se o presidente George W. Bush achar necessário.

Por sua vez, o Congresso pode reter os US$ 350 bilhões restantes caso não fique contente com o desempenho do programa. Além disso, a lei eleva de US$ 100 mil para US$ 250 mil o valor dos depósitos garantidos pelo governo.

Os senadores reconheceram que a versão aprovada nesta quarta-feira não é perfeita, mas pelo menos oferece garantias aos contribuintes.

O senador republicano Mel Martínez, que votou a favor do pacote, afirmou que até janeiro, quando começa o novo período legislativo, já terá passado tempo o suficiente para avaliar a crise e debater uma eventual reforma regulatória no setor financeiro.

Confira gráfico: 

EFE
Matthew Cavanaugh, EFE  / 

Presentes à sessão, os senadores Obama e McCain (na foto, à direita) votaram, conforme previsto, favoravelmente à proposta
Foto:  Matthew Cavanaugh, EFE


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