O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne nesta terça-feira com o presidente do Equador, Rafael Correa, em Manaus. É o primeiro encontro entre os dois presidentes depois que o governo equatoriano embargou os bens da construtora brasileira Odebrecht.

O porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, disse que o governo brasileiro tem a empresa Odebrecht "em alto conceito", mas não irá entrar no mérito da discussão, pois se trata de um tema a ser resolvido entre a empresa e o governo equatoriano.

Baumbach disse, no entanto, que o presidente tem demonstrado preocupação com a situação dos funcionários da empresa proibidos de saírem do Equador.

O presidente Lula também conversará com Correa sobre o referendo realizado no último domingo que aprovou a nova Constituição do país.

Além da reunião com Correa, Lula se encontrará em separado com outros dois presidentes. Pela manhã, com o da Venezuela, Hugo Chávez, e depois do almoço com o presidente da Bolívia, Evo Morales.

A crise financeira americana que atinge mercados mundiais será discutida entre os presidentes do Brasil e da Venezuela.

— Serão discutidas maneiras de fortalecer os mecanismos regionais de integração, que têm auxiliado na resistência das economias da América do Sul à contaminação da crise financeira internacional — afirmou o porta-voz.

Lula e Chávez também tratarão de cooperação em áreas como produção de fertilizantes e alimentos, desenvolvimento de tecnologia e equipamentos para exploração e produção de combustíveis.

Pelo lado brasileiro participam do encontro os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, dos Transportes, Alfredo Nascimento, de Minas e Energia, Edison Lobão, o presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, além de representantes da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), da Embrapa e da Caixa Econômica Federal.

Na reunião com Morales, o assunto será a situação interna da Bolívia e a agenda bilateral entre os países.

Estava previsto na agenda do presidente Lula um jantar com Hugo Chávez na noite de hoje, em Manaus. O compromisso foi cancelado por impossibilidade de que o venezuelano chegasse no Brasil a tempo para o jantar.