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 | 24/09/2008 17h38min

Presidente do Equador diz que caso Odebrecht não deve prejudicar relações com Brasil

Correa considera que embargo dos bens da empresa não terá repercussões internacionais

O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou que o embargo dos bens da Odebrecht não deve trazer repercussões negativas nas relações entre o Equador e o Brasil. Correa disse para emissoras locais que já conversou sobre o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada no Chile durante a Cúpula Extraordinária da União de Nações Sul-americanas (Unasul).

— Disse a ele que o que esta empresa fez no Equador é terrível e não acho que haja repercussões internacionais — declarou.

Correa ordenou na terça-feira a militarização das obras da Odebrecht e proibiu que os diretores da companhia deixem o país. O presidente equatoriano afirmou hoje que a decisão de intervir na hidroelétrica de San Francisco e em outros projetos levados à frente pela empresa brasileira era absolutamente necessária. A intervenção aconteceu, segundo a presidência, por causa da recusa da Odebrecht de reconhecer o prejuízo causado pela paralisação da planta desde junho após serem detectados danos em sua construção e as graves falhas em sua estrutura física.

— A Odebrecht estava se burlando do país e, quanto mais procuramos, mais irregularidades encontramos em todos os contratos — declarou Correa, que explicou que o governo buscou uma solução justa para ambas as partes, mas que a companhia brasileira não cumpriu sua palavra.

Além disso, ele anunciou que o Executivo analisa a possibilidade de não pagar o crédito por meio do qual o BNDES financiou a construção da usina hidroelétrica de San Francisco.

— Este crédito foi dado através da Odebrecht e também tem graves irregularidades, pois há dinheiro que nem sequer entra no país, é dinheiro que lá se contabiliza como crédito interno e em verdade é um dinheiro que é emprestado à empresa — declarou Correa.

O presidente acrescentou que se trata de um empréstimo de mais de US$ 200 milhões "para um projeto que não serve". A decisão de intervir a planta de San Francisco se deu poucos dias após o governo equatoriano ameaçar expulsar a empresa brasileira, por descumprir os trabalhos de reparação em San Francisco.

EFE
 
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