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 | 29/09/2008 14h07min

Entidades civis apóiam medidas adotadas pelo Equador contra Odebrecht

Para entidades, é justo o governo equatoriano exigir uma reparação financeira pelo mau funcionamento da central

Atualizada em 29/09/2008 às 14h13min

Entidades da sociedade civil, como o Instituto de Estudos Sócio Econômicos (Inesc), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)e a Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais, divulgaram nota de apoio ao governo equatoriano de responsabilizar a empresa Odebrecht pelos maus serviços prestados ao país, especialmente em relação à Central Hidrelétrica San Francisco.

Segundo as entidades, é justo o governo equatoriano exigir da empresa uma reparação financeira pelo mau funcionamento da central, financiada com recursos públicos de cidadãs e cidadãos brasileiros por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As entidades lembram que a Odebrecht foi a responsável pela construção da inha 4 — amarela — do metrô de São Paulo quando no dia 12 de janeiro de 2007, parte da construção desmoronou matando sete pessoas e deixando várias feridas.

Entendemos que as ações adotadas recentemente pelo governo do Equador buscam incidir não apenas sobre os graves impactos causados pelos problemas na citada hidrelétrica, afirma a nota. A nota também pede ao governo brasileiro e ao BNDES que forneçam esclarecimentos sobre o financiamento dado pelo banco à Odebrecht para executar a obra no Equador.

A ausência de transparência nesta operação financeira realizada com recursos públicos compromete a capacidade da sociedade para avaliar o caso com clareza, diz a nota. No dia 23 o governo do Equador bloqueou os bens da empresa Odebrecht sob o argumento de falhas no funcionamento e paralisação da Central Hidrelétrica San Francisco, construída pela empreiteira.

O governo também exigiu o pagamento de uma indenização à empresa pelos danos causados ao Equador. No sábado, o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou que a construtora brasileira tinha feito uma proposta ao governo equatoriano na qual aceitava todas as exigências feitas pelos equatorianos quanto às indenizações e reparos nas falhas da Central Hidrelétrica San Francisco. Agora, Correa vai estudar a proposta feita pela empresa, mas não determinou um prazo para responder a Odebrecht.

AGÊNCIA BRASIL
 
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