O dólar comercial abriu em forte queda de 4,3%, nesta sexta-feira, cotado a R$ 1,847 no mercado interbancário de câmbio. Na quinta-feira, a moeda americana fechou em forte alta, de 3,32%, a R$ 1,93.

O Banco Central do Brasil também está forte. No dia em que a autoridade monetária inicia uma operação para oferecer US$ 500 milhões em leilão de venda conjugado com compra futura de dólares e tentar segurar a tendência de alta da moeda americana ante o real, o mercado externo tem um dia de euforia.

No exterior, os investidores reagem às medidas para inibir a venda de ações a descoberto, à possibilidade de o governo dos Estados Unidos criar uma entidade para assumir as dívidas "podres" em poder das instituições financeiras, enquanto o Tesouro daquele país anunciou, esta manhã, um programa temporário para fundos de mercado monetário. Essa conjunção deve estancar a alta do dólar ante o real.

Com a melhora do apetite ao risco pontualmente, alguns operadores acreditam que o real pode fazer um ajuste ainda mais forte na comparação a outras moedas de países emergentes, já que algumas divisas de países exportadores de matérias-primas (commodities) subiram ontem ante o dólar. O real, contudo, ficou descolado desse movimento e subiu forte.