O dólar comercial abriu em alta de 0,11% nesta quinta, cotado a R$ 1,87% no mercado interbancário de câmbio. Nesta quarta, a moeda americana fechou em alta pelo terceiro dia consecutivo, cotado a R$ 1,868 (+2,64%). Às 10h20min, o dólar à vista era cotado a R$ 1,895 (+ 1,83%), na Bolsa de Mercadorias & futuros (BM&F), após abertura em alta de 0,70% (R$ 1,874).

A ação coordenada de seis bancos centrais de países desenvolvidos, liderados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), para injetar liquidez no mercado dá um alívio aos mercados externos nesta manhã, mas a incerteza deve continuar reprimindo a busca por moedas associadas à alta volatilidade, como é o caso do real. Por outro lado, a depreciação do início desta semana pode abrir alguma brecha para uma tentativa de recuperação do real, enquanto as matérias-primas (commodities) estão em alta leve.

Coordenados pelo Fed, os bancos centrais da Europa (BCE), Inglaterra (BOE), Japão (BOJ), Suíça e Canadá vão atuar para injetar bilhões de dólares para estimular a liquidez do sistema.

O movimento de proteção (hedge) por parte de companhias brasileiras com passivo em moeda estrangeira foi intenso ontem na mesa de um grande banco privado e pode voltar a se repetir nesta quinta. Com o cenário de convulsão externa, as empresas estão optando por travar as cotações para honrar suas dívidas, mesmo com os níveis atuais de cotação, temendo um quadro de valorização ainda mais acentuada do dólar.