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 | 15/09/2008 23h48min

Cúpula da Unasul termina com acordo unânime de apoio à Bolívia

Constituição de uma comissão investigará os fatos na região de Pando

A cúpula extraordinária da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), reunida em Santiago para arbitrar uma solução ao conflito político na Bolívia, foi encerrada hoje, após seis horas de reunião, com um acordo de apoio ao Governo boliviano aprovado por unanimidade.

— Quisemos com esta convocação manifestar nossa preocupação e solidariedade com o povo da Bolívia — declarou ao término do encontro a presidente do Chile, Michelle Bachelet.

A governante destacou "a capacidade da Unasul de responder rapidamente e construir um acordo" entre todos os países, diante da primeira grave crise desde a constituição do bloco, há quatro meses, em Brasília.

— Na América Latina, vivemos dolorosas experiências anteriores de crise políticas e estas nos ensinaram a importância de evitar a violência como forma de solução de conflitos na democracia — ressaltou a anfitriã da reunião.

Bachelet insistiu em que "sempre é possível realizar um esforço para construir acordos e manter a convivência pacífica e democrática".

— Não existe circunstância alguma que justifique a violação dos direitos humanos, especialmente o direito à vida, para conseguir um objetivo político — disse Bachelet, em nome dos líderes das nações sul-americanas.

O acordo alcançado pelos presidentes estabelece, entre outros elementos, a constituição de uma comissão da Unasul que investigará os incidentes na região de Pando, onde se concentraram os distúrbios violentos que deixaram cerca de 30 mortos nos últimos dias.

A reunião, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também foi assistida pelos governantes Cristina Fernández de Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Álvaro Uribe (Colômbia), Rafael Correa (Equador), Fernando Lugo (Paraguai), Tabaré Vázquez (Uruguai) e Hugo Chávez (Venezuela), além da anfitriã, Michelle Bachelet.

Também participaram delegados do Suriname e Guiana, assim como o ministro das Relações Exteriores do Peru, José Antonio García Belaúnde, representando o presidente Alan García, e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.

EFE
 
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