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 | 15/09/2008 21h35min

Democratas promovem plano de estímulo econômico nos EUA, apesar de objeção de Bush

Projeto para liberar US$ 50 bilhões pode ser levado à votação este mesmo mês

A oposição democrata, que controla o Congresso dos Estados Unidos, promoveu nesta segunda-feira um segundo plano de estímulo econômico de US$ 50 bilhões, apesar das objeções do presidente americano, George W. Bush. Ao destacar a declaração de falência do banco de investimento Lehman Brothers e seu impacto em Wall Street, e o contínuo nervosismo sobre o rumo da economia, os democratas insistiram na necessidade de que o Congresso aprove um segundo plano de estímulo, centrado na criação de empregos.

— Clara e desesperadamente precisamos disto em Michigan e na maioria dos Estados neste país — afirmou o senador democrata de Michigan Carl Levin.

Michigan tem uma taxa de desemprego de 8,5%, acima dos 6,1% em nível nacional.

Fontes legislativas afirmaram hoje que o plano de reativação econômica, voltado principalmente a financiar projetos de construção para favorecer a criação de empregos, poderia ser levado à votação este mesmo mês. A Casa Branca deixou claro que se opõe ao segundo plano porque prefere dar mais tempo a que surta efeito a primeira injeção de mais de US$ 160 bilhões — a maioria em devolução de impostos — que o Congresso aprovou em fevereiro.

Em conferência telefônica, tanto Levin quanto a governadora democrata de Michigan, Jennifer Granholm, listaram os problemas econômicos que afetam o país, reiterando que o candidato presidencial republicano, John McCain, "defende" a fracassada política econômica de Bush. Granholm pediu ao Congresso para aprovar o segundo plano que, em sua opinião, "seria enormemente benéfico".

— Este é o momento para que o governo federal intervenha e ajude os cidadãos. E isso é o que faria um segundo plano de estímulo — argumentou.

O segundo plano para reativar a economia ofereceria assistência a famílias pobres para cobrir suas despesas de calefação, e ajudas aos governos estaduais para os programas de cobertura médica para pessoas de baixa renda. Se for aprovado, também incluiria US$ 25 bilhões em empréstimos para o setor automobilístico, a ampliação dos benefícios para desempregados e mais despesas fiscais para a infra-estrutura.

Em um ato eleitoral em Jacksonville (Flórida), McCain reiterou hoje que "os fundamentos de nossa economia são fortes", o que lhe valeu críticas da oposição democrata e acusações de seu adversário na disputa pela Casa Branca, Barack Obama, de que "não entende" as dificuldades pelas quais passa o cidadão comum. Na conferência telefônica, os democratas — assessores na campanha de Obama — disseram estar abismados com que McCain repetisse o comentário, diante da crise gerada pelo desemprego, pela dívida nacional, pelo déficit fiscal, e pelas execuções hipotecárias.

No entanto, McCain reconheceu que "estes são tempos muito, muito difíceis, e, assim, prometo: Jamais voltaremos a pôr os Estados Unidos nesta posição. Limparemos Wall Street — disse McCain, em referência aos problemas de empresas que assumiram muitos riscos, à espera de um resgate do governo federal.

EFE
 
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