Uma comitiva de deputados, empresários e representantes do governo gaúcho foi a Brasília para cobrar do governo federal uma solução para a termelétrica de Uruguaiana. O grupo se reuniu pela manhã com o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e afirmou que a usina sofre desde maio por falta de matéria-prima. Uma das propostas do governo é a transferência da usina de Uruguaiana para Rio Grande ou Tramandaí, segundo Lobão.

O gás natural que abastece a usina é proveniente da Argentina, que, de acordo com os contratos, pode enviar ao Brasil somente o excedente da sua produção. No período de inverno, porém, aumenta o uso de gás para a calefação na Argentina, e desde 2005 o fornecimento é interrompido nesta época do ano.

Lobão afirmou que o serviço deve ser normalizado em setembro, mas que o governo estuda soluções para o problema, já que o volume de gás recebido reduz ano a ano. Uma das alternativas é o uso de um navio para o transporte de gás líquido, que seria abastecido por navios de outros países, como a Venezuela ou Bolívia.

O Brasil tem por enquanto, só um navio desses, localizado no Ceará, e pretende lançar um segundo, que ficará no Rio de Janeiro. Sobre a possível transferência da usina, Tramandaí é apontada como melhor local para sua instalação, por estar mais perto de Porto Alegre.

Representantes da CEEE, da AES Sul e de uma empresa que investe em energia eólica, a Fortunity, participaram da reunião, assim como o deputado estadual Frederico Antunes, o deputado federal Eliseu Padilha, o senador Sérgio Zambiasi e um representante do senador Paulo Paim. O senador Pedro Simon machucou o braço quando se dirigia à reunião e não foi ao encontro.