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 | 20/08/2008 08h17min

Petrobras deverá disponibilizar Gás Natural Liquefeito em setembro

Companhia garante que projeto GNL é inédito no mundo

A Petrobras inaugura nesta quarta, dia 20, o terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) de Pecém, no Ceará. Este é o primeiro de dois terminais que a estatal deve inaugurar ainda neste ano. O segundo fica na Baía de Guanabara (RJ). Com o terminal de Pecém,  a empresa inicia sua atuação como agente no mercado internacional de Gás Natural Liquefeito. 

Em entrevista concedida no Ceará, a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, informou que na terceira semana de setembro o produto regaseificado estará disponível na malha.

– Nós resolvemos adotar o GNL como produto complementar ao gás produzido no país e também ao que é importado da Bolívia. Esse gás se destinará basicamente ao atendimento da demanda termelétrica, que já está em torno de 13 milhões de metros cúbicos em média, tendo atingido na última sexta, dia 15, 13,8 milhões de metros de gás no dia – disse a diretora.

Segundo informações da Petrobras, o terminal de Pecém tem capacidade para regaseificar 7 milhões de metros cúbicos/dia, dando, juntamente com o terminal da Baía de Guanabara, “maior flexibilidade e segurança na oferta de gás natural aos mercados térmico e não-térmico".

O GNL, no entanto, será utilizado para atender, prioritariamente, as usinas termelétricas (UTEs), em caso de necessidade de despacho – de modo que não falte o produto para a indústria e o consumo veicular no país.

– Está no Plano Estratégico da Petrobras que até o ano de 2012 o consumo térmico do país vai estar em torno de 4 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, com o consumo industrial crescendo para valores bem próximos – afirma Maria das Graças Foster.

A companhia garante que o projeto GNL Petrobras é inédito no mundo. De acordo com a Petrobras, os terminais de regaseificação são os primeiros a utilizar navios adaptados para realizar tanto o armazenamento do gás quanto a regaseificação do produto a bordo da própria embarcação onde se situa o terminal.

– O Brasil também é pioneiro ao adotar o modelo de transferência de GNL de um navio supridor para outro navio regaseificador por meio de braços criogênicos, capazes de suportar temperaturas de cerca de 160º C negativos – informa a empresa.

A capacidade de regaseificação de 7 milhões de metros cúbicos por dia no terminal instalado no Porto de Pecém equivale a cerca de metade do consumo atual de gás natural destinado ao mercado térmico do país. Também representa, segundo a Petrobras, acréscimo de 11% na oferta atual (julho de 2008) de gás natural ao mercado nacional, que é de 60 milhões de metros cúbicos/dia.

O gás processado em Pecém será usado, prioritariamente, para a geração de energia elétrica nas usinas Termoceará (CE), Termofortaleza (CE) e Jesus Soares Pereira (RN).

AGÊNCIA BRASIL
 
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