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 | 06/08/2008 03h26min

PF ouve bancário que teria enviado R$ 200 mil a Lair

Nelson Franceschi, do HSBC, é gaúcho e não tem cargo de chefe

Adriana Irion  |  adriana.irion@zerohora.com.br

O suposto empresário que teria feito duas ordens de pagamento – cada uma de R$ 100 mil – em nome do lobista Lair Ferst é Nelson de Oliveira Franceschi, funcionário do HSBC de Curitiba. Gaúcho natural de Butiá, até o final da tarde de ontem Franceschi seguia prestando depoimento à Polícia Federal (PF) de Curitiba.

Franceschi é funcionário administrativo do HSBC, ou seja, não atua diretamente em agências. Seu trabalho é dar suporte a negócios do banco. Conforme informações da assessoria de imprensa do HSBC, Franceschi, que é um funcionário antigo, não tem cargo de direção nem de gerência. O banco também informou, por meio da assessoria de imprensa, que sabe, até o momento, que Franceschi fez um empréstimo pessoal a Lair, ou seja, de pessoa física para pessoa física, dentro das regras do Banco Central. Mais informações o banco só prestará depois de conhecer o teor do depoimento dele aos federais.

O superintendente da PF no Estado, Ildo Gasparetto, está em Curitiba participando de um encontro de superintendentes da PF. Ele viajou no domingo levando em mãos a carta precatória para que o bancário prestasse esclarecimentos sobre a transação com o lobista.

Lair tentou sacar a primeira das ordens de pagamento na quarta-feira passada, em uma agência do HSBC de Porto Alegre. Ele foi impedido de retirar o dinheiro com base em uma ordem judicial de bloqueio. A ordem foi obtida a partir de uma ação articulada pela PF e pelo Ministério Público Federal.

Ao saber que Lair tentaria sacar os R$ 200 mil, a PF avisou o MPF, que solicitou que a Justiça impedisse a transação. Depois de encontrar delegados federais no banco, na manhã de 30 de julho, Lair teve de ir à sede da superintendência da PF para dar explicações sobre a operação. Alegou que o dinheiro fora um empréstimo de um amigo para cobrir despesas pessoais.

Na residência de Franceschi, ninguém atendeu ontem

Os federais não acreditam nessa versão e investigam a origem e o destino do dinheiro. Uma das suspeitas é de que os R$ 200 mil fossem ser utilizados em campanhas políticas. Também está sendo verificada a possibilidade de lavagem de dinheiro.

Zero Hora ligou para o telefone residencial de Nelson de Oliveira Franceschi, em Curitiba, mas ninguém atendeu.

Lair é um dos 40 réus do processo da fraude milionária no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e está com os bens bloqueados pela Justiça Federal. Em dezembro, sete meses depois do início das investigações do caso, ele foi um dos investigados pela Operação Rodin, da PF, a serem presos. As autoridades responsáveis pelo inquérito chegaram a apontar Lair como o cabeça de um dos núcleos do esquema.

 
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