O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, disse nesta quarta-feira, dia 30, que o Brasil apostou mal e usou a estratégia errada nas negociações da Rodada de Doha. Depois de nove dias de encontros, em Genebra, na Suíça, o resultado foi um novo fracasso na tentativa de liberalizar o comércio internacional.

Na avaliação de Camargo Neto, o que resta ao Brasil é “tocar para frente” e tentar consolidar posições no comércio internacional por meio de acordos bilaterais. No caso da indústria de carne, o trabalho é convencer os demais países da sanidade dos produtos do país.

– Não depende de rodada. Depende de trabalhar direito dentro de casa, ter sanidade e, posteriormente convencer os países de que temos sanidade. Exige prioridade, exige que as embaixadas brasileiras acordem, saibam que o Brasil existe e pode trabalhar em sanidade – afirmou, em entrevista ao Agribusiness.

Pedro de Camargo Neto reclamou da lentidão nas negociações para a liberação dos mercados de alguns países, mesmo depois do reconhecimento do status sanitário de vários estados brasileiros. Caso de Santa Catarina, considerado livre de febre aftosa sem necessidade de vacinação.