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 | 29/07/2008 16h08min

Comissário europeu lamenta que Rodada de Doha tenha fracassado por mesquinharias

Segundo Peter Mandelson, resultado é ruim para a economia global

O comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson, lamentou nesta terça-feira, dia 29, o "doloroso fracasso" das negociações da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) para liberar o comercial mundial, por culpa das "mesquinharias" dos países mais inflexíveis nesta discussão.

Mandelson declarou à imprensa que o fiasco da reunião, que chegou ao seu nono dia, a fim de resgatar a Rodada de Doha para a abertura de mercados agrícolas e industriais, é "ruim para a economia global, em um momento no qual precisava-se de boas notícias".

– Estávamos muito perto do acordo; se trata de um fracasso coletivo – ressaltou.

O chefe negociador da UE criticou a falta de vontade política e a posição de "alguns" que por "uma pequena medida (em referência às divergências pelas salvaguardas contra as importações agrícolas), tenha provocado este desastre. Na negociação, as nações mais duras foram Índia, China e Estados Unidos.

A Índia e a China defenderam as salvaguardas e alegaram a necessidade de proteger as plantações de arroz, algodão e açúcar, além de pedir aos Estados Unidos que reduzissem os subsídios agrícolas. Washington se negou a diminuir as muitas ajudas concedidas aos agricultores americanos.

"A negociação foi longa e complexa", segundo Mandelson, e insistiu no fracasso perante as reações "desproporcionais" por uma questão pequena, em meio a uma discussão tão ampla. A falta de acordo, acrescentou, prejudicará os países "mais vulneráveis", aqueles que precisavam "das oportunidades para que a Rodada de Doha (iniciada há sete anos a fim de aprofundar na liberalização comercial mundial) fosse um sucesso".

As principais potências comerciais (Austrália, Brasil, China, Estados Unidos, Índia, Japão e a União Européia) não chegaram a um acordo sobre como e quanto abrir seus mercados agrícolas e industriais, enquanto as nações ricas deveriam cortar seus subsídios e definir que tipo de proteção devia se permitir aos países pobres.

AGÊNCIA EFE
 
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