Notícias

 | 18/07/2008 19h52min

Cacciola divide cela com 32 detentos no Rio

Ex-banqueiro e outros presos ocupam menos de 50% da capacidade total do local

Transferido para o presídio de segurança máxima Bangu 8, na Zona Oeste do Rio, o ex-banqueiro Salvatore Cacciola divide a cela, na noite desta sexta-feira, com outros 32 detentos, todos de nível superior. Segundo a Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), os presos ocupam menos de 50% da capacidade total da cela.

Extraditado, Cacciola chegou ao Rio de Janeiro na quinta-feira. Ele não usava algemas e de lá seguiu direto para a sede da Polícia Federal (PF), na Zona Portuária, onde falou com a imprensa.

O ex-banqueiro estava no presídio de Ary Franco, no subúrbio. A transferência ocorreu na noite de quinta, horas após os advogados do ex-banqueiro, Carlos Eluf, Guilherme Eluf e Alan Bousso, terem dito que seu cliente possuía direito a ficar em cela especial por ter curso superior. Cacciola é economista.

O presídio possui capacidade para 170 presos, mas segundo a Seap, ele comporta atualmente 106 detentos. Uniformizado, Cacciola está numa cela equipada com uma televisão de 14 polegadas, beliches e triliches, além de dois banheiros.

Feijoada no almoço

Após receber a visita do irmão, Renato Cacciola, o ex-banqueiro almoçou ao lado dos outros detentos. O prato servido foi feijoada. De acordo com a Seap, ele também terá direito ao banho de sol.

Outro irmão do ex-banqueiro, Alfredo Cacciola, foi barrado ao tentar visitá-lo no presídio. A informação foi confirmada pelo advogado Carlos Eluf. Segundo ele, Alfredo não conseguiu entrar no presídio porque estava sem a certidão de nascimento, que comprova o parentesco.

Um dia antes, Alfredo enviou roupas e remédios para o irmão, quando ele ainda estava no presídio de Ary Franco.

O governo estadual ressaltou que o ex-banqueiro só poderá ser transferido para outro presídio se cometer alguma falta disciplinar.

Audiência na próxima semana

Na próxima semana, Cacciola deve comparecer ao Tribunal Regional Federal (TRF), para uma audiência.

— Na próxima sexta-feira, ele vai ao TRF numa ação em que é acusado de usar indevidamente empresas para operações financeiras, que seriam privativas do sistema bancário — explica um dos advogados — disse o advogado Alan Bousso.

A defesa espera que o ex-banqueiro, agora o único réu no processo, seja ouvido:

— As outras pessoas (réus) foram absolvidas. Havia um pedido de prisão preventiva contra ele (Cacciola) e eu já tinha ganhado um habeas corpus determinando que ele fosse ouvido por rogatória na Itália. Agora estamos requerendo que ele seja interrogado aqui.

Na audiência de sexta-feira, serão ouvidas as testemunhas de acusação.

Condenação

Cacciola foi condenado em 2005 por gestão fraudulenta e peculato. Ele deverá cumprir 13 anos de prisão por sua responsabilidade na quebra do Banco Marka e por ter se valido de recursos públicos para recuperar o capital perdido com a quebra do banco.

Segundo Bousso, Cacciola fez uma viagem tranqüila de Paris para o Rio:

— A chegada foi tranqüila, feita com muita dignidade pela Polícia Federal, respeitando os preceitos dos direitos humanos. A ordem judicial foi cumprida e só temos a tecer elogios à equipe da Polícia Federal.

As informações são do site G1.

 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.