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 | 15/07/2008 11h11min

CPI dos Grampos vota nesta terça convocação de Nahas e Dantas

Empresa ligada ao banqueiro teria espionado a Telecom Italia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos se reúne nesta terça-feira, às 14h30min, para votar requerimentos de convocação de suspeitos de crimes financeiros e de desvio de verbas públicas que foram presos pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal. Entre eles, o empresário e investidor financeiro Naji Nahas e o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity.

Os requerimentos foram apresentados pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). Segundo o parlamentar, é necessário obter esclarecimentos sobre escutas ilegais relacionadas às atividades de Nahas e sobre escutas que Dantas teria promovido por meio da empresa Kroll Associates do Brasil.

— Pelas notícias de jornal, que dão conta da possibilidade de a Kroll ter feito grampos telefônicos a pedidos de Daniel Dantas, existe um nexo causal. Por isso, acredito que esse requerimento será aprovado — disse o presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ).

Há suspeitas de que os grampos a mando de Daniel Dantas tenham sido feitos em meio à disputa com a Telecom Itália pelo controle da Brasil Telecom.

O banqueiro foi preso duas vezes na semana passada e foi solto depois de conseguir habeas corpus no Supremo Tribunal Federal. O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), criticou a decisão da Justiça e disse esperar que o banqueiro não fuja do país:

— Se a lei brasileira determina o habeas corpus, nós inclusive temos que repensar a lei brasileira, porque pode ocorrer um fenômeno semelhante ao que ocorreu com Salvatore Cacciola. Ele recebeu um habeas corpus, fugiu do Brasil e ficou quase oito anos foragido e não pagou pelos crimes que cometeu. Eu espero que, desta vez, isso não ocorra.

Operação Chacal

Também está na pauta da CPI um requerimento de Fruet que solicita à Polícia Federal documentos da denominada Operação Chacal, em especial os relacionados com as diligências efetuadas na sede da Kroll Associates do Brasil. A operação, realizada em outubro de 2004, investigava a suposta espionagem da Kroll contra a Telecom Italia. Na época, os agentes da PF fizeram busca na sede da Kroll, em São Paulo, e prenderam cinco funcionários da companhia. Foram apreendidos três equipamentos eletrônicos que, segundo os policiais, serviriam para realizar escutas telefônicas.

O juiz que acompanhava o caso, Luiz Renato Pacheco, da 5ª Vara Federal, determinou que se fizesse uma perícia nos equipamentos. A Kroll alegava que os mesmos não faziam escuta e serviam só para realizar varreduras, evitando grampos. Em 17 de dezembro de 2007, um laudo do Instituto Nacional de Criminalística, assinado pelo perito Octavio Brandão, da própria Polícia Federal, concluiu que a Kroll tinha razão. Os equipamentos previnem grampos e, por isso, foram devolvidos à empresa.

A CPI também deve votar requerimento do deputado Luiz Couto (PT-PB) para ouvir o delegado de Polícia Federal Romero Menezes, que participou da Operação Chacal. Outro requerimento, apresentado por Fruet, convoca o ex-ministro Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação) para falar sobre escutas telefônicas clandestinas de que teria sido alvo durante a disputa envolvendo a Brasil Telecom.

Clique nos nomes abaixo e veja os perfis
Quem é Dantas
Quem é Pitta
Quem é Naji Nahas

Clique no gráfico abaixo para ver matérias, comentário da colunista Rosane de Oliveira e como foi a Operação Satiagraha:

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