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 | 10/07/2008 15h31min

Clara Rojas critica declarações de Ingrid sobre cativeiro

Ex-candidata à vice-presidência da Colômbia negou que seu filho tenha sido salvo pelos ex-reféns

A ex-candidata à vice-presidência da Colômbia Clara Rojas, que foi seqüestrada juntamente com Ingrid Betancourt pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), lamentou nesta quinta-feira as "histórias falsas" contadas pela ex-refém da guerrilha sobre si. Em referência à Ingrid e ao ex-senador Luis Eladio Pérez, libertado em janeiro passado, Rojas assegurou, em entrevista à emissora RCN, que "eles deviam ter sido solidários, e não foram".

— Penso que o que passou, passou, e o que eles estão dizendo é totalmente falso. Dói na minha alma, porque não tenho nada contra eles — disse hoje Clara.

A ex-refém referiu-se a declarações e entrevistas concedidas por Ingrid Betancourt e Luis Eladio Pérez e à saída do ex-senador da Colômbia esta semana por ameaças à vida. Clara Rojas mencionou também uma reportagem em que o ex-senador disse que tinha lavado fraldas do seu filho Emmanuel, que nasceu em cativeiro. Ela também falou sobre uma declaração de Ingrid a um canal de televisão de Paris de que teria salvado a vida a Emmanuel.

— Não sei de onde eles tiram isso, mas Ingrid é boa de teatro — acusou Rojas, parecendo desconfortável.

Ela explicou que "o nível de proximidade, tanto de Luis Eladio (Pérez) quanto de Ingrid com Emmanuel era zero" e acrescentou:

— Eles estavam na zona de fumantes e eu, na de não fumantes, e não tínhamos nada a ver.

A realidade, afirmou, "é que desde o momento em que soube que estava grávida até o momento do nascimento, eles estiveram muito afastados", e continuaram assim até quando os três foram separados.

— Tento ser muito cuidadosa com o que falo do seqüestro —disse Clara Rojas, que ainda afirmou que deseja "viver tranqüila".

Ingrid Betancourt e Clara Rojas foram seqüestradas em 23 de fevereiro de 2002 no departamento de Caquetá, sul da Colômbia. Clara Rojas foi libertada pelas Farc no dia 10 de janeiro e, desde então, vive em Bogotá com a mãe e com o filho, enquanto Ingrid, resgatada em uma operação do Exército no dia 2 de julho, viajou com a família dois dias depois para Paris.

Veja como foi o resgate de Ingrid clicando no gráfico abaixo:

EFE
 
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