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 | 07/07/2008 15h44min

Ingrid acompanhará de Paris manifestação por reféns das Farc em Bogotá

Ex-candidata, no entanto, planeja algo que permita estar no país, mesmo sem estar lá

A ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt, libertada em 2 de julho após mais de seis anos em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), anunciou em entrevista publicada nesta segunda-feira que acompanhará de Paris a manifestação programada na Colômbia para pedir a libertação dos reféns da guerrilha, já que "teme um atentado em seu país".

— Minha família me pediu para não ir à manifestação de 20 de julho — indicou a ex-candidata, que tem também nacionalidade francesa, ao jornal colombiano El Tiempo.

Ela acrescentou que o protesto pacífico de 20 de julho "vem sendo muito anunciado, e qualquer pessoa que queira fazer um atentado terá tempo suficiente de preparar algo".

Ingrid Betancourt foi resgatada na quarta-feira passada pelo Exército da Colômbia junto a três americanos e onze policiais e militares colombianos que estavam em poder das Farc. Ela confirmou que por enquanto permanecerá em Paris, onde receberá a Ordem da Legião de Honra no próximo dia 14 de julho.

— Minha família teme que as Farc queiram se vingar, pois foram muito atingidas por esse golpe. Eu quero estar lá, quero acompanhá-los, pois pedir a liberdade dos demais colombianos seqüestrados é um compromisso absoluto — disse Ingrid Betancourt.

Como alternativa à sua presença na Colômbia, disse que planeja "algo que permita estar no país, mesmo sem estar lá". Ela citou a possibilidade de marchar em Paris e instalar um telão na Praça Bolívar, em Bogotá, "para que os seqüestrados da Colômbia sintam o apoio de todo o mundo".

A ex-candidata elogiou ainda a ação militar do Exército colombiano, mas esclareceu que "isso não quer dizer que esteja de acordo com tudo o que o presidente Álvaro Uribe faz no governo".

— São diferenças de avaliação da situação política. Uribe parte da base de que a crise social colombiana é resultado da violência. Eu acredito que a violência é fruto da crise social colombiana. Eu acho que são muito importantes os investimentos sociais, mas para Uribe são mais importantes os investimentos em segurança — assinalou.

Saiba mais sobre o resgate de Ingrid e os outros reféns clicando no gráfico abaixo:

EFE
 
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