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 | 30/06/2008 17h45min

Bolsa sobe 1,08%, mas tem pior mês desde abril de 2004

Índice ainda acumulou em junho baixa de 10,43%

O noticiário e o petróleo deram trégua e os investidores aproveitaram. As bolsas de valores tiveram uma sessão de caça às pechinchas, o que garantiu fechamento em alta, em Wall Street e aqui. O giro financeiro, no entanto, continuou bastante estreito, o que mostra a cautela dos investidores e gestores com o rumo das condições econômicas, sobretudo nos Estados Unidos.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, teve nesta segunda-feira seu oitavo pregão em alta em junho (dentre os 21 de todo o mês). Subiu 1,08%, para os 65.017,6 pontos, o que permitiu que as perdas no mês fossem ligeiramente reduzidas. Mas o índice ainda acumulou em junho baixa de 10,43%, a maior perda mensal desde abril de 2004 (-11,44%).

> Confira os indicadores econômicos 

No ano, a Bolsa acumula ganhos de 1,77%, uma das poucas a subir em 2008 em todo o mundo. O índice oscilou hoje entre 64.326 pontos (+0,01%) e 65.353 pontos (+1,60%). O volume financeiro totalizou R$ 4,746 bilhões.

Depois de muita volatilidade, dois graus de investimento e seis meses passados, os investidores em ações estão se perguntando onde está a exuberância que foi sinônimo de Bovespa nos últimos cinco anos. De 2003 a 2007, o Ibovespa acumulou alta de 467%.

Em Nova York, o Dow Jones encerrou a sessão de hoje com pequeno ganho, de 0,03%, depois de trabalhar em alta mais forte na maior parte do dia. O S&P teve variação positiva de 0,13% e o Nasdaq caiu 0,98%.

Petróleo

Além da disposição para compras ao longo do pregão, os investidores foram motivados pela queda do petróleo. A commodity até cravou mais um recorde mais cedo, aos US$ 143,67 por barril, mas recuou no fechamento — o contrato para agosto cedeu 0,15%, para US$ 140.

A queda da commodity foi puxada pela revisão em baixa na projeção de demanda por petróleo divulgada pela Agência Internacional de Energia, e fez com que os metais acompanhassem.

Os indicadores divulgados hoje nos EUA ficaram a segundo plano. Foram conhecidos o índice dos gerentes de compras de Chicago sobre a atividade no setor de manufaturas (inesperadamente subiu em junho para 49,6, de 49,1 em maio), o de atividade industrial regional do Fed de Dallas (caiu a -24,1 em junho, de -10,3 em maio) e o índice de produção (recuou para 0,0, de 5,5 no mês passado).

No Brasil, Vale, Petrobras e o setor siderúrgico justificaram a alta no último pregão de junho. Fausto Gouveia, analista da Alpes, argumentou que as razões para a recuperação de hoje foram o encerramento do semestre e agenda tranqüila, e lembrou que quarta e quinta-feira serão dias de muita tensão, com muitos indicadores relevantes sendo divulgados nos Estados Unidos.

— Muitos gestores foram às compras para não mostrarem um desempenho tão ruim no mês e no semestre — comentou.

O economista-chefe da Ágora, Álvaro Bandeira, acrescentou que muitos, no entanto, ficaram de fora do mercado porque já atingiram as metas, daí o volume estreito de hoje.

Petrobras e Vale 

Petrobras ON subiu 2,64% hoje, mas caiu 1,66% no mês. No ano, acumula +8,09%. As ações PN subiram 2,01% hoje, caíram 5,69% no mês e têm +5,21% no ano. Vale ON teve alta de 2,08% hoje (-12,38% no mês e -2,53% no ano), e Vale PNA, +1,36% (-12,25% no mês e -5,20% no ano).



Agência Estado
 
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