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 | 12/06/2008 20h15min

Bons preços do arroz impulsionam vendas de máquinas

Exportações brasileiras bateram recordes com melhor resultado dos últimos 30 anos

Cristiano Dalcin  |  reportagem@canalrural.com.br

A indústria de máquinas e implementos agrícolas enfrenta dificuldades para atender a todos os pedidos, pois os produtores de arroz aproveitam os bons preços para investir em novos equipamentos. As exportações da produção brasileira bateram recorde em maio e o resultado é o melhor dos últimos 30 anos.

Quase 70 mil toneladas do grão foram exportados no mês passado. De acordo com o Instituto Rio-Grandense do Arroz (IRGA), além do aumento, houve uma mudança no tipo do produto vendido para fora do Brasil.

– Sai de 90% de arroz quebrado para 60% de arroz beneficiado. E, com isso, um aumento muito significativo nos valores das exportações, que aumentaram nesse mesmo período, enquanto volume em 81%, em valores, mais de 200% de janeiro a maio, agora – afirma Camilo Oliveira, analista de mercado do IRGA.

Em maio de 2008, os maiores compradores do arroz brasileiro foram Benim e Suíça. Para o país africano, 27 mil toneladas foram exportadas, enquanto 25 mil toneladas do produto foram destinadas ao país europeu. No entanto, outros mercados também se destacaram, de acordo com Oliveira.

– Desde o começo do ano, Panamá se tornou um comprador constante do arroz brasileiro, um volume já expressivo. Ele já chega a representar 8% das exportações e agora nos dois últimos meses a África do Sul, que é um país que paga mais pelo arroz e também está ajudando a agregar valor ao nosso produto e melhorar a relação de valores recebidos pro exportação.

Máquinas agrícolas

O bom momento do setor deve movimentar o comércio de máquinas e os fabricantes acreditam que a procura por novos equipamentos para a lavoura possa aumentar 35% em relação ao ano passado. Uma indústria de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), produz 130 tratores por dia. A procura já é grande e os pedidos já tem fila de espera.

– Essa busca por máquinas está nos trazendo hoje este cenário. E nós estamos tentando reagir a essa demanda. Não estamos atendendo a pronta-entrega. Existe sim, um atraso, muitas vezes aí, concessionárias junto conosco, estamos tentando equalizar isso para este ano, nesta demanda de tratores e colheitadeiras – explica o gerente de marketing Eduardo Sousa Filho.

Segundo a Federação dos Arrozeiros, os produtores devem pagar suas dívidas antes de partir para as compras.

– Nós temos que saber aproveitar esse momento com muita cautela, sem fazer investimentos, sem fazer loucuras de maior monta. Agora, retomar a atividade, acertar o nosso passivo e produzir – afirma Clóvis Terra Machado dos Santos, vice-presidente da Federarroz.

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