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Ala do PMDB que apóia Sarney quer Simon como líder do Senado

Grupo divulgou carta de apoio ao ex-presidente para o comando da Casa

Os principais parlamentares integrantes da ala dissidente do PMDB fecharam consenso em torno dos nomes dos senadores José Sarney e Pedro Simon para presidente do Senado e líder da bancada do partido na Casa, respectivamente. A decisão foi tomada numa reunião de quase duas horas em João Pessoa nesta sexta, dia 17.

A reunião aconteceu a portas fechadas na sala da presidência do diretório estadual do PMDB na Paraíba e, ao final, foi divulgado um documento intitulado Carta de João Pessoa.

Contendo seis pontos, a carta reafirma ainda posição do grupo em lutar pela unidade do partido em torno do apoio ao presidente Luís Inácio Lula da Silva, reiterar a necessidade de uma convenção extraordinária para discutir a reconstrução do apoio ao governo, repudiar a política de discriminação adotada contra o diretório estadual do PMDB de São Paulo.

No trecho do documento que fala do nome de Sarney para a presidência do Senado, os parlamentares deixaram claro que esperam que em torno desse nome "se obtenha uma solução de consenso, sem que essa nossa posição represente qualquer desapreço ao senador Renan Calheiros".

O nome de Sarney ganhou força com o adiamento, na quinta, da escolha do candidato do PMDB para a presidência do Senado. A decisão ficou para o final do mês, como estava previsto inicialmente.

Calheiros procurou antecipar a escolha em uma tentativa de abortar o crescimento da candidatura do ex-presidente da República. Uma pressão direta do governo sobre senadores do PMDB, no entanto, ajudou a impedir a escolha nesta semana, e praticamente inviabilizando o nome de Calheiros.

De acordo com informações de assessores dos parlamentares que assistiram parte da reunião, o governador do Paraná, Roberto Requião, teria dito que a ala dissidente deveria exigir da direção nacional do partido que as convenções estaduais, municipais e nacional do PMDB não fossem prorrogadas.

Ele também teria criticado vagamente Calheiros, classificando-o como ligado a uma série de interesses. Simon, por sua vez, teria demonstrado a convicção de que o senador alagoano poderia passar para a ala dos dissidentes a partir de uma "boa conversa".

Em entrevista coletiva, o senador Maguito Vilela (GO) se mostrou confiante na maioria da ala dissidente para definir a presidência do Senado. Na entrevista coletiva, conduzida pelo senador eleito José Maranhão (PB), os líderes da bancada dissidente deixaram claro que querem a união do partido, embora já se considerem maioria.

Para o senador Pedro Simon, "o PMDB vem naufragando há muito tempo. Estamos em busca de um rumo. Chegamos a uma reta final".

O último a falar foi o senador José Sarney que fez um balanço das ações sociais que implementou quando foi presidente, lembrando que o partido sempre lutou pelo povo.

– Acho que estou contribuindo para o país, para o Senado e para o PMDB– disse a respeito de sua candidatura para a presidência do Senado

 
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