Após uma breve suspensão, por volta das 19h30min, depois de cerca de três horas de depoimento do ex-diretor da Assembléia Legislativa (1995-2001), ex-diretor da CEEE e ex-tesoureiro do PP, Antônio Dorneu Cardoso Maciel, a sessão da CPI do Detran foi retomada com a deputada Stela Farias (PT) fazendo as perguntas para o depoente.

O primeiro questionamento dela foi sobre os encontros de Maciel com o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Rubem Höher, responsável pela gestão do contrato do Detran na na Fundação para o Desenvolvimento e o Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae).

Antes da suspensão da sessão da CPI, o deputado petista Elvino Bohn Gass pediu uma acareação entre Maciel e Höher para esclarecer a questão na CPI do Detran. O pedido foi reforçado pela deputada Stela. 

Editora de Zero Hora Dione Kuhn comenta o depoimento de Antônio Dorneu Cardoso Maciel na CPI do Detran:

Segundo Maciel, em duas oportunidades no seu apartamento, ele discutiu com Höner apenas sobre um projeto filantrópico que a Fundae pretendia implantar e estava buscando patrocínio da CEEE.

Ele negou ter recebido de Höner propina de R$ 175 mil com dinheiro da fraude do Detran e que seu flat na Capital seria usado para a entrega de dinheiro desviado no esquema, conforme apontou a investigação da Polícia Federal (PF).

Para a deputada Stela, Maciel voltou a negar ter discutido com o secretário-geral de governo, Delson Luiz Martini, assuntos referentes ao Detran, como mostrariam escutas telefônicas feitas pela polícia nas quais Maciel seria um dos interlocutores. Nesta segunda-feira, foi mais uma vez rejeitado o pedido de convocação de Martini para depor na CPI.

Na sessão, Maciel negou diversas vezes participação na fraude do Detran e disse que acredita que sua inocência será provada na Justiça.

— Sou absolutamente inocente e vou provar isso na Justiça — garantiu Maciel.

Com informações do blog da Rosane e do site da Assembléia Legislativa. 

Confira reportagem completa na edição de Zero Hora desta terça-feira.