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 | 02/06/2008 17h55min

CPI do Detran: Maciel diz que a sua inocência será provada na Justiça

Em depoimento nesta segunda, ex-diretor da CEEE negou participação na fraude

Atualizada às 21h53min

O ex-diretor da CEEE e ex-superintendente da Assembléia Legislativa Antônio Dorneu Cardoso Maciel negou nesta segunda-feira, em depoimento na CPI do Detran, participação no esquema da fraude do Detran. Ele disse que não conhecia o trabalho do Projeto Detran na Fundação para o Desenvolvimento e o Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae) nem as empresas subcontratadas que estariam envolvidas na fraude:

— Não sabia da existência de Fatec nem de Fundae. Eu estou fora deste esquema, deste contexto, desta armação toda que tem — disse ele.

— Na Justiça, nós vamos provar a minha inocência — completou Maciel, no depoimento na Assembléia Legislativa, na Capital.


Editora de Zero Hora Dione Kuhn comenta o depoimento de Antônio Dorneu Cardoso Maciel na CPI do Detran:

Apesar das investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP) apontarem a atuação direta de Maciel no esquema que desviou mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos, ele alegou que não há prova de que exista envolvimento com o dinheiro:

— Até hoje não foi explicado por que eu fui detido.

O ex-diretor da CEEE ainda disse que não tem relação com os 40 réus na Justiça. No entanto, ele afirmou ser amigo do ex-presidente do Detran, Flavio Vaz Netto.

— Sou amigo pessoal de Flavio Vaz Netto. Somos parceiros de uma vida inteira. Os demais (denunciados), não tinha relação e a absoluta maioria não conhecia.

Maciel negou ter recebido qualquer beneficiamento financeiro do esquema:

— Não sabia da existência das contratadas. Não conhecia esse assunto. Os dirigentes dessas empresas fui conhecer na carceragem da Polícia Federal. Nego peremptoriamente essas relações.

O inquérito da PF aponta que era no flat de Maciel, em Porto Alegre, que ocorria a distribuição do dinheiro aos envolvidos na fraude. Porém, ele disse que não há provas disso:

— Não existe o mínimo de elemento de prova de que teria passado dinheiro pela minha casa.

No depoimento na CPI, Maciel admitiu que conversou duas vezes com o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Rubem Höher, que era responsável pela gestão do contrato do Detran na Fundae, sobre um projeto filantrópico que a Fundae pretendia implantar e estava buscando patrocínio da CEEE. Segundo ele, Vaz Netto intermediou os contatos, mas não participou dessas reuniões.

Maciel afirmou que Höher deu um depoimento à PF no dia 6 de novembro e outro no dia 10 de novembro e que as duas declarações seriam diferentes. De acordo com Maciel, o depoimento que o incrimina teria sido dado na tentativa de obter a delação premiada. Ele insinuou ainda que a PF forçou Höher a fazer uma falsa confissão.

O deputado Elvino Bohn Gass (PT) disse que pedirá uma acareação entre Höher e Maciel já que o primeiro disse em depoimento ter levado dinheiro — cerca de R$ 175 mil — de propina em uma maleta até o flat de Maciel, em junho de 2007. O ex-diretor da CEEE afirmou que havia somente um computador notebook na pasta.

Com informações do blog da Rosane e do site da Assembléia Legislativa

Confira reportagem completa na edição de Zero Hora desta terça-feira.

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