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 | 20/05/2008 16h23min

José Aparecido reafirma que mandou e-mail com suposto dossiê por engano

Depoente também negou que tenha dito que Erenice Guerra tenha dado ordens para a realização do suposto dossiê

O ex-secretário de controle interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, reafirmou nesta terça-feira (20) que enviou por engano uma planilha com dados do Sistema de Suprimento de Fundos (Suprim) para o assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) André Fernandes. A oposição e Fernandes alegam que esses dados eram um dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Pires disse ainda que não sabia que Fernandes estava trabalhando no gabinete de Dias.

— Ele era consultor legislativo do Senado. Não me constava inclusive que ele trabalhasse com o senador Álvaro Dias — afirmou.

O ex-secretário disse ainda que, se tivesse intenção de vazar as informações, usaria outra forma, e não o e-mail.

— Se eu tivesse intenção de fazer essa divulgação eu faria por CD, cópia impressa ou pen-drive — salientou.

Ele disse que pediu a planilha do Suprim para saber o andamento do trabalho.

— Eu queria saber como estava o trabalho, mas não tinha curiosidade sobre os dados, porque eu os conhecia desde 2005, quando começamos a trabalhar com o Suprim — disse. Pires disse que só teve ciência do envio do e-mail para Fernandes no dia 5 de maio, quando a reportagem da TV Globo entrou em contato com ele pedindo informações sobre o vazamento do Suprim.

Pires negou com veemência que tenha participado da elaboração das planilhas que chegaram ao computador de Fernandes e que tenha debatido o tema com a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ou a secretária–executiva da pasta, Erenice Guerra.

— Não digitei sequer um dado para as planilhas — afirmou.

— Nesse período todo, enquanto estive na Casa Civil, conversei com ela (Dilma Rousseff) três vezes. Com a Erenice falei mais vezes. Mas nunca tratei sobre o banco de dados — comentou.

José Aparecido Nunes Pires também negou que tenha dito para o assessor do senador Álvaro Dias (André Fernandes), em almoço no Clube Naval, em Brasília, que Erenice Guerra, braço-direito de Dilma Rousseff, tenha dado ordens para fazer o suposto dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

— Essa conversa não houve, eu não falei isso a ele — desmentiu.

 
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