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 | 20/05/2008 13h16min

Fernandes diz à CPI dos Cartões Corporativos que apagou dossiê por segurança

Assessor parlamentar presta depoimento em Brasília

Atualizada às 13h16min

O assessor legislativo do Senado André Eduardo Fernandes disse à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista dos Cartões Corporativos que deletou o arquivo recebido por e-mail do ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil José Aparecido Nunes como "um dossiê com gastos do governo Fernando Henrique". O assessor presta depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos.

Ele explicou que deletou o documento porque seu computador funcional, no Senado, precisava ser reformatado, "por questão de segurança", mas salvou o documento em um pen-drive que entregou à Polícia Federal.

Ele disse que tem o hábito de refazer seguidamente a formatação do computador por questão de segurança e que, na época em que recebeu de Aparecido o arquivo, em fevereiro, um e-mail seu para sua esposa tinha sido alterado. Fernandes acrescentou que, no dia 19 de março, apresentou ao serviço de segurança do Senado denúncia de que a rede de computadores da Casa era muito vulnerável.

Segundo ele, o serviço de segurança e o Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal (Prodasen) passaram a investigar o assunto e concluíram que a alteração no e-mail não havia sido feita nos computadores que funcionam dentro da Casa.

Montagem do dossiê

André Fernandes também disse que Pires admitiu que o suposto dossiê contra FH foi feito a mando de Erenice Guerra, secretária executiva da Casa Civil.

A conversa em que Aparecido teria admitido que a ordem para fazer o levantamento de dados teria partido de Erenice ocorreu em um restaurante do Clube Naval, em Brasília.

— Ele pediu para me encontrar no restaurante do Clube Naval, que é pequeno e cabem poucas pessoas, para não encontrar nenhum jornalista — disse.

O encontro foi marcado depois que Aparecido encaminhou para André Fernandes uma planilha com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da então primeira-dama, Ruth Cardoso. O assessor voltou a afirmar que a planilha era caracterizada como dossiê por causa da ausência de certos dados no documento.

— Cada processo tem o nome do ecônomo [administrador de instituição pública ou privada] separado. Nesse, eles só tinham registrado um ou dois. Tinha o nome de ministros da época com os outros nomes em branco. O dossiê é perfeito para uma função política e não para uma função técnica. Havia ausência de função técnica e a ausência de dados também faz parte do recado, também faz parte da ameaça — disse.

Para Peres, pode haver a necessidade de uma acareação entre Fernandes e Aparecido

Agência Estado
 
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