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 | 14/05/2008 18h11min

BB nega envio de informações incompletas à CPI dos cartões

Presidente do banco afirmou que manipulação de dados não faz parte da história do grupo

O presidente do Banco do Brasil (BB), Antônio Francisco Lima Neto, desmentiu nesta quarta-feira as acusações de que a instituição enviou dados incompletos à CPI mista que investiga os gastos com cartões corporativos. Antes de se reunir com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, Lima Neto negou que o banco tenha manipulado informações.

Segundo o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), as informações que chegaram à comissão são diferentes das encaminhadas às auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU). A oposição chegou a pedir a convocação de Lima Neto, mas o requerimento foi rejeitado ontem (13) pela CPMI.

De acordo com o presidente do BB, existem divergências nas informações porque os pedidos foram feitos em momentos distintos.

— Primeiro, os dados foram enviados ao TCU, mas posteriormente houve uma mudança de cadastramento de alguns desses cartões e os dados que a CPI foram enviados dentro de uma nova realidade — alegou.

O presidente do BB disse que a questão já foi esclarecida com os parlamentares.

— Isso foi muito bem explicado. Estivemos com os membros da CPI e acredito que a questão está equacionada. Não é da história do Banco do Brasil nem propósito da atual direção fazer qualquer tipo de manipulação com dados — declarou.

Sobre o crescimento de quase 100% no lucro líquido do Banco do Brasil (BB) no primeiro trimestre de 2008 em relação ao último trimestre do ano passado, Lima neto disse que o resultado foi provocado principalmente por reformulações que aumentaram a eficiência da instituição

De janeiro a março deste ano, o BB apresentou lucro líquido de R$ 2,3 bilhões. O resultado foi 66,6% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo relatório divulgado hoje (14) pela instituição. Na comparação com o último trimestre do ano passado, o aumento foi de 92,9%.

Pouco antes de começar a reunião com o ministro, Lima Neto ressaltou que essa não é a primeira vez que o banco supera o desempenho dos bancos privados. Ele lembrou que, em 2006, o lucro do BB ultrapassou R$ 6 bilhões.

Segundo Lima Neto, a adoção de medidas para aumentar a produtividade e as receitas do banco provocaram impacto negativo no lucro do ano passado. O aumento do lucro, ressaltou, significa que as reformulações começaram a produzir conseqüências positivas:

— As medidas contaminaram, de certa forma, o lucro do ano passado, mas em 2008 começamos vida nova e elas começaram a surtir efeito.

Lima Neto disse que não é possível prever se o Banco do Brasil continuará a superar os bancos privados, mas o que o BB pretende ter uma trajetória crescente de resultado.

— Nosso compromisso é crescer — afirmou.

AGÊNCIA BRASIL
 
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