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 | 19/05/2008 13h37min

Governo não apresentará proposta de nova CPMF, diz ministro

Decisão foi tomada hoje em reunião com o presidente Lula no Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros da Coordenação Política, reunidos hoje no Palácio do Planalto, decidiram que o governo não apresentará ao Congresso proposta de criação de um novo imposto nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para arrecadar recursos a serem destinados ao setor de saúde. A informação sobre o resultado da reunião foi divulgada pelo ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, responsável pela articulação política do governo.

O ministro confirmou que a idéia de criação de um novo imposto foi discutida na reunião da Coordenação Política e revelou que, de acordo com a decisão de hoje, uma nova contribuição "não será criada".

A arrecadação de uma contribuição semelhante à CPMF, agora com alíquota de 0,08%, seria a fonte de recursos que seriam destinados à saúde com a aprovação da proposta de regulamentação da Emenda 29, aprovada pelo Senado e em tramitação na Câmara. Múcio lembrou que, com a aprovação final da emenda, o total de verbas destinadas à saúde seria, em quatro anos, de R$ 23 bilhões.

— O governo espera que, da mesma forma que a Casa (o Congresso) aprova uma nova despesa (com a Emenda 29), que será agora apreciada pela Câmara, proponha e encontre uma nova forma de receita. Quem vai dar a idéia é o Congresso — disse o ministro.

O ministro deu a entender que o Palácio do Planalto não transferirá aos parlamentares da base aliada a tarefa de se articularem para a criação de um eventual novo imposto.

— Os aliados tentaram, da última vez, e não conseguiram — disse, referindo-se ao fato de a base parlamentar do governo não ter conseguido renovar a vigência da CPMF, em votação realizada no final do ano passado.

— Não vamos travar uma queda-de-braço com o Congresso.

O ministro deu a entender, porém, que o governo não impedirá os aliados de fazerem nova tentativa:

— Desde que não seja em nome do governo — disse.

Agência Estado
 
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