| 16/05/2008 17h55min
O barril de Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) ganhou nesta sexta-feira mais de US$ 2, e encerrou o dia ao preço recorde de fechamento de US$ 126,29 em Nova York, coincidindo com um enfraquecimento do dólar e uma maior inquietação acerca da relação entre oferta e procura em nível mundial.
Ao fim do pregão regular na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de petróleo WTI para entrega em junho apresentavam alta de US$ 2,17 em relação ao fechamento anterior, após chegar a tocar o recorde histórico de US$ 127,82.
Economia em dia: Repórter de Finanças de Zero Hora, Marçal Alves Leite, fala sobre os três recordes batidos pelo mercado nesta sexta-feira: os preços do dólar, do petróleo e a pontuação da Bovespa.
O forte aumento no valor do petróleo acontece
paralelamente à notável alta registrada pelos contratos de gasolina e de gasóleo no mercado atacadista, o que recai nos preços pagos na venda ao público por esses e outros combustíveis.
Os contratos de gasóleo para entrega em junho fecharam a um preço recorde de US$ 3,7028 o galão (3,78 litros), cerca de US$ 0,08 mais que o dia anterior.
Os contratos de gasolina para esse mesmo mês terminaram a US$ 3,2235 o galão, também o preço mais elevado até agora, após subir US$ 0,06.
No entanto, o gás natural para junho caiu US$ 0,30 e terminou o dia a US$ 11,09 por mil pés cúbicos.
O preço do petróleo WTI variou hoje a tendência de baixa que mostrou nas duas últimas sessões, em uma jornada em que o retrocesso da moeda americana perante o euro e outras moedas encorajou o investimento em matérias-primas negociadas em dólares.
O encarecimento do petróleo aconteceu também depois que o banco de investimentos Goldman Sachs
divulgou hoje novas previsões sobre o preço que o barril de
WTI poderia alcançar na segunda metade do ano, que agora situa em US$ 141, desde os US$ 107 estimados anteriormente.
Essa mesma entidade disse no início de mês que o preço desse tipo de petróleo poderia ficar entre US$ 150 e US$ 200 o barril em um prazo de entre seis meses e dois anos, devido a uma apertada oferta frente ao nível de demanda.
A perspectiva de que a devastação causada pelo terremoto na China poderia elevar as importações desse país, para compensar problemas nas provisões de energia, é outro assunto que o mercado segue de perto e que poderia esticar ainda mais a relação entre oferta e procura em nível mundial.
A forte tendência de alta no preço do petróleo continua pressionando na mesma direção o valor da gasolina e do diesel na venda ao público nos EUA.
O galão de gasolina regular era vendido hoje a um preço médio histórico de US$ 3,78 em nível nacional, 21,5% mais caro que há um ano, segundo os dados que divulga
diariamente a associação automobilista AAA, a
maior nos Estados Unidos.
O galão de diesel tinha um custo meio de US$ 4,48, o que representa um aumento de 54,5% em relação de há um ano.
A forte alta do preço dos combustíveis, entre outros fatores, faz prever a essa associação que serão reduzidos em quase 1% os deslocamentos durante a comemoração do Memorial Day, na segunda-feira dia 26, frente ao ano anterior.
O encarecimento da energia, com o conseguinte prejuízo para o orçamento individual e familiar, continua abrindo uma brecha na percepção que os consumidores dos EUA têm sobre as condições atuais e a médio prazo da economia.
O índice de confiança está este mês em 59,5 pontos, o nível mais baixo desde 1980, comparado com os 62,6 pontos de abril, segundo cálculos da Universidade de Michigan.
O Departamento de Energia dos EUA anunciou hoje a suspensão de compras de petróleo destinadas à Reserva Estratégica de Petróleo (SPR), depois que o Congresso
aprovou esta semana um projeto de lei para forçar ao governo
federal a deter essas aquisições à vista do encarecimento da gasolina.
Esse departamento explicou que não assinará contratos para o envio à SPR, de julho a dezembro, de 13 milhões de barris de petróleo.
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