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 | 16/05/2008 17h30min

Petróleo Brent sobe US$ 2,36, a US$ 124,99

Barril chegou ao nível recorde de US$ 126,34 no pregão desta sexta-feira

O Petróleo Brent, referencial na Europa, fechou nesta sexta-feira próximo da casa de US$ 125 por barril no mercado de futuros de Londres, após chegar ao nível recorde de US$ 126,34, impulsionado pela inquietação dos investidores perante a escassez de petróleo.

O barril de petróleo do Mar do Norte para entrega em junho terminou o dia cotado a US$ 124,99 por barril no International Exchange Futures (ICE) de Londres, US$ 2,36 a mais do que no fechamento do pregão anterior. Com isso, o Brent superou o recorde anterior de US$ 125,90, registrado em 9 de maio.

A escalada do petróleo aconteceu devido aos temores nos mercados mundiais sobre a falta de provisão, segundo os analistas.

A esse respeito, o Goldman Sachs, banco de investimento mais ativo nos mercados energéticos, elevou hoje sua previsão do preço do petróleo para o segundo semestre do ano para US$ 141 por barril.

— As condições de ajuste do abastecimento seguem sendo o principal catalisador dos elevados preços do petróleo — afirmou o banco, ao ressaltar que "a perspectiva a curto prazo para os preços do petróleo continua sendo de alta".

A advertência da Goldman Sachs foi divulgada em meio aos rumores de que a compra de diesel por parte da China (segundo consumidor energético do mundo, atrás dos EUA) poderia limitar as provisões.

Alguns investidores anteciparam uma forte demanda de diesel no gigante asiático para o funcionamento de geradores elétricos, depois que a companhia State Grid da China indicou que 0,5% do total da capacidade de produção elétrica do país está bloqueada pelos efeitos do terremoto do último dia 12.

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, chegou hoje a Riad, em sua segunda visita à Arábia Saudita desde janeiro, para buscar um maior apoio saudita contra a alta dos preços do petróleo.

A Arábia Saudita e outros importantes membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reiteraram nas últimas semanas que não pensam em realizar uma reunião do cartel para estudar a situação no mercado até setembro.

Os membros da Opep acreditam que a alta nos preços do petróleo se deve ao enfraquecimento do dólar e a questões políticas, e que as atuais provisões são suficientes.

O problema do abastecimento se complica ainda mais por causa da explosão ocorrida na última quinta-feira em um encanamento de distribuição de combustíveis nos arredores da cidade nigeriana de Lagos, que causou 100 mortes.

O acidente representa um novo problema para a Nigéria, maior produtor africano de petróleo, cujo bombeamento se vê freqüentemente transtornado pelos ataques de grupos rebeldes na região petrolífera do delta do rio Níger.

EFE
 
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