| 09/05/2008 19h25min
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) teve que se defender durante a visita a Itajaí, na tarde desta sexta-feira, onde deu palestra aos alunos o mestrado em Gestão de Políticas Públicas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
O parlamentar veio à Santa Catarina no dia seguinte da confirmação de que um de seus assessores recebeu um email sigiloso com o dossiê sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, também do PSDB.
De acordo com o senador tucano, o único vazamento de informação foi o do secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires.
Álvaro Dias também deu uma entrevista coletiva, no início da tarde, e defendeu seu assessor, dizendo que André Eduardo da Silva Fernandes o comunicou da elaboração de um dossiê sobre Fernandro Henrique pela Casa Civil.
— Quando eu fui avisado que este material existia, pedi ao meu assessor a cópia. Ele agiu no cumprimento do dever, como alguém que recebe
tal informação e trabalha no partido golpeado —
afirma Dias.
O senador disse que omitiu a fonte do dossiê para investigar o que estava acontecendo. Questionado sobre a possibilidade de terem saído de seu gabinete as primeiras informações veiculadas pela imprensa sobre o documento, o parlamentar reforçou que seu funcionário foi apenas o "destino" do vazamento.
— A partir do momento que este material saiu do Palácio do Planalto, qualquer repasse já não era mais vazamento. E a imprensa tem fontes privilegiadas no Planalto. Não é possível afirmar se existe somente um vazador — esquivou-se.
Para não perder a deixa, Dias contestou o argumento da ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, de que o dossiê seria, na verdade, parte de um banco de dados.
— Trata-se de um relatório com dados pingados e sem cronologia. A ministra mentiu, pois sabia do resultado do laudo e que se tratava de um dossiê.
Ele afirmou que o dossiê era uma arma do Governo Lula para
intimidar a oposição, durante as investigações da CPI dos
gastos com cartões corporativos.
Dias admitiu que a antecipação da divulgação do dossiê acabou sendo favorável aos tucanos e demais oposicionistas, que viram ser evitada a publicação destes dados no auge da CPI.
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